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Neste 13 de maio, completa 126 anos da Abolição da Escravatura no Brasil. No entanto, ainda é frequente os episódios de discriminação racial no país em todos as áreas. Recentemente, o jogador brasileiro Daniel Alves respondeu a mais um ataque racista em um estádio na Europa comendo uma banana que lhe foi jogada. A reação trouxe a tona um pertinente debate sobre o racismo.
 
Se no campo de futebol cenas como essa são comuns, no mundo corporativo não é diferente. É o que aponta um levantamento do Salário BR.
 
De acordo com os dados da pesquisa, a remuneração dos profissionais negros chega a ser 35,04% menor que a de profissionais brancos no Brasil. Enquanto a média salarial nacional para profissionais brancos é de R$ 2.461,00 a de profissionais negros fica em R$ 1.822,00.  A diferença pode ser atribuída a dois fatores: existem menos negros em cargos de gestão e especialista, além disso, o salário médio dos negros é menor em todas as categorias.
 
Entre os profissionais brancos empregados no Brasil, 24,6% ocupam cargos de operação, 57,6% estão em cargos de apoio, 9,1% em cargos de especialista e 6,7% estão em cargos de gestão.  Já os negros representam apenas 3,1% das funções de gestão, 5% das de especialista, 61,1% das funções de apoio e 30,8% das de operação.
 
“Temos 15,8% dos profissionais brancos atuando em cargos de especialista ou gestão, enquanto são apenas 8,1%  dos negros nessas mesmas categorias. Estatisticamente essa diferença é muito significativa”, afirma Cauê Guimarães, estatístico do Salário BR.
 
Ainda segundo Guimarães, ao analisar a categoria de gestão, percebe-se que os brancos ganham em média 47,5% a mais que os negros na mesma função.  “Esta diferença tende a diminuir quanto menor o cargo, mas mesmo na categoria de operação o valor ainda é um pouco superior, em torno de 2,1%”.

Fonte: Salário BR