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Pãozinho mais caro pode valer o emprego do trabalhador brasileiro


18/08/2010

17/08/2010

A queda na produção do trigo russo faz preço de pãozinho subir até 20% no mercado brasileiro. A curto prazo é o que o consumidor vai sentir no próprio bolso ao pagar pelos derivados de trigo, como pão francês, macarrão, pizza, farinha de trigo e massas em geral. Mas não é só a alta nos alimentos
com o aumento do trigo, quem pode pagar caro é o trabalhador, que, com a falta de produto no estoque e a diminuição no consumo, pode até perder o emprego.

Com o anúncio, no último fim de semana, de que a Rússia suspenderia as exportações do trigo por pelo menos seis meses, o Brasil se prepara para apertar o freio. Alguns estados do Sudeste devem sentir a alta nos alimentos ainda esta semana, outros como São Paulo e o Sul, preveem para acabar o estoque em setembro. Mas regiões como Norte e Nordeste já são vítimas da seca na Rússia, e o resultado é o trabalhador desempregado.

Segundo João Maria Pereira dos Santos, presidente da União Geral dos Trabalhadores do Rio Grande do Norte (UGT-RN) e presidente do Sindicato da Indústria da Panificação, Confeitaria, Trigo, Milho e Afins do RN (SINTPARN), houve um número excessivo de homologações no sindicato. Em torno de uma semana, 30 trabalhadores foram demitidos por conta do novo cenário da região. O frete do trigo até RN é mais caro e de três semanas para cá houve um acréscimo na saca do trigo. Cada saca com 50 kg que custava R$ 65,00, hoje chega para o estado por um custo de R$ 82,00 a R$ 85,00", explica João Maria. Para se ter uma idéia, 1 kg de pão varia de R$ 6,00 a R$ 8,00. Algumas padarias já mexeram nos preços elevando de 10% a 20%.

Com a demanda mais cara do produto, o consumidor para de comprar e a venda acaba prejudicada. Com produtos nas prateleiras e excesso de mão-de-obra, os trabalhadores muitas vezes vão para o olho da rua. O SINTPARN alerta os empregados a não entrarem no desespero e buscar mecanismos para que não percam o emprego e possam se sentir motivados. "Cobre seus direitos, sem se esquecer dos deveres. Se fazer vigilante no serviço, sem esquecer que há dever também por parte do trabalhador", orienta João Maria sobre o amor ao trabalho.

Em alguns estados, como no Rio e no Espírito Santo, a expectativa é que esses produtos estejam mais caros nos supermercados esta semana. Já em São Paulo e no Sul do país, os moinhos só têm estoque até a primeira semana de setembro. Segundo os sindicatos da Indústria do Trigo do Rio e do Espírito Santo, desde o dia 15 de julho, a tonelada

de trigo já subiu em torno de US$ 100. O Brasil é um dos três maiores importadores do produto: produz cinco milhões de toneladas e consome 11 milhões.

Mariana Veltri, da redação da UGT"


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