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Da Secretaria de Divulgação e Comunicação da UGT

Segundo cálculos do Itamarati, mais de três milhões de brasileiros têm hoje residência fora do país. Nem sempre legalizados, é verdade, mas na totalidade vivendo da rotina de seu trabalho. E mais importante que viver de seus proventos é que na grande maioria dos casos remete a seus familiares recursos que são aqui sempre importantes na sobrevivência de seu núcleo familiar de origem.

Esses valores ultrapassaram os 7,4 bilhões de dólares em 2006. Outrora era apenas uma migração econômica, hoje não. Vai além, e de forma até qualificada, muitos saem a procura de conhecimento e formação acadêmica.

Aqui, na América do Sul, na maioria das vezes nossos vizinhos nos entendem como expansionista e imperialistas. Conhecendo os mecanismos econômicos mais a fundo, os brasileiros procuram produzir lá com conhecimento de cá, de maneira mais efetiva e com muito maior lucro.

Os conflitos recentes no Suriname, onde segundo dados da embaixada brasileira, há 17 mil brasileiros nos trouxeram uma realidade que nossas autoridades precisam enfrentar. Essa comunidade que muitas vezes usufrui de facilidades de cambio nas moedas locais e na sua grande maioria vivem do garimpo.

A União Geral dos Trabalhadores - UGT defende uma atenção a esses trabalhadores que nem representação parlamentar tem no país. Com a liderança que temos hoje nos vários quadrantes do planeta não podemos permitir que essa comunidade fique desamparada e a mercê das violências como as verificadas no final do ano passado.

Por isso, é que temos que dar aos nossos patrícios emigrantes toda atenção necessária, como central sindical de trabalhadores, possamos atuar de forma consistente junto às centrais sindicais de trabalhadores dos países receptores do trabalho imigrante para uma melhor guarida e atendimento no mínimo básico para a manutenção da dignidade humana.