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Mulheres afro-brasileiras são vítimas de violências


27/11/2009



A maioria das mulheres que buscaram a Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) entre 2007 e 2009 é negra (43,3%), tem entre 20 e 40 anos (56%), está casada ou em união estável (52%) e possui nível médio (25%). Os dados, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e divulgados pela Agência Brasil, indicam que 93% do total de denúncias foram feitas pelas próprias vítimas. A maioria dos casos (78%) é de crimes de lesão corporal leve e ameaça. A metade dos agressores são cônjuges das vítimas. A divulgação destes dados é um tapa de luva naqueles que não querem ver o racismo que vivemos no nosso dia a dia". A declaração é do sindicalista Magno Lavigne, Secretário Nacional para Assuntos da Diversidade Humana, das UGT (União Geral dos Trabalhadores).

Outro destaque do balanço indica que 69% das mulheres que recorreram ao serviço relataram sofrer agressões diariamente e que 34% delas se sentem em risco de morte. Em meio aos agressores, 39% não fazem uso de substâncias entorpecentes ou de álcool e 33% vivem com a vítima há mais de dez anos. Dos 86.844 relatos de violência, registrados entre 2007 e 2009, 53.120 foram de violência física, 23.878 de violência psicológica, 6.525 de violência moral, 1.645 de violência sexual, 1.226 de violência contra patrimônio, 389 de cárcere privado e 61 de tráfico de mulheres. Apenas entre janeiro e outubro de 2009, a Central de Atendimento à Mulher registrou 269.258 denúncias - um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2008, quando houve 216.035. Do total de atendimentos, 47% foram buscas por informações sobre a Lei Maria da Penha, com 127.461 atendimentos.

"A demonstração desses dados estatísticos nos deixam perplexos acerca de qual futuro estamos reservando para as nossas meninas", diz o Secretário da UGT, lembrando que além da violência doméstica deve ser acrescentado também outro tipo de violência que é a "falta ou baixa escolaridade e o número meninas, praticamente crianças, que já são mães" . Magno Lavigne cita ainda a diferença de salário, pois as mulheres negras são as que recebem menos, "e mais uma vez os dados desmitificam a idéia já superada da democracia racial brasileira", complementa. Segundo o secretário, cabe ao movimento sindical, "em especial à UGT, como Central Sindical cidadã, adotar uma postura de denúncia e de propostas, pois só assim poderemos mudar esse lastimável estado de coisas", concluiu."


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