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Dirigentes do Sindicato Nacional dos Funcionários do BC se reúnem com a UGT.


23/11/2009



Negociação coletiva no serviço público e defesa dos direitos do consumidor do serviço bancário unem as duas entidades. UGT confirma participação no Seminário do SINAL, dia 26, em Brasília

Dirigentes do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (SINAL) se reuniram no dia 17, em São Paulo, com o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah. Entre os principais pontos em comum, esclareceram o diretor de Estudos Técnicos do SINAL, Eduardo Stalin, e o diretor de Relações Externas do SINAL-SP, Iso Sendacz, estão a luta pela ratificação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que regulamenta a negociação coletiva no serviço público, e a defesa dos direitos do consumidor bancário, por meio da regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal.

Patah confirmou a presença de uma representação da UGT no seminário que o SINAL realizará na quinta-feira (26), no Edifício Sede do Banco Central, em Brasília, com a presença de todas as centrais para debater a conjuntura e as perspectivas do movimento sindical no próximo período. O evento, que será transmitido ao vivo pela TV Bacen, pretende dar elementos para que a categoria reflita sobre a importância de se filiar ou não a uma central.

DEMOCRACIA - O presidente da UGT e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo elogiou a sensibilidade da direção do SINAL de realizar a mais ampla consulta à base, a fim de colher subsídios para adotar uma posição. O caminho democrático é sempre a melhor das alternativas. Foi desta maneira que construímos a UGT, pautados sempre pela pluralidade e pela imparcialidade. Somos o resultado da soma da CGT, da CAT e da SDS, três centrais que se fundiram, agregando outras lideranças", descreveu Patah, lembrando que à época, era o tesoureiro da Força Sindical. Hoje, informou, tendo como norte esta perspectiva unitária, a União Geral dos Trabalhadores é a terceira maior central sindical brasileira, com 630 sindicatos validados, 32 Federações e 2 Confederações, representando 4,5 milhões de trabalhadores.

A ratificação da Convenção 151, bandeira unitária do movimento sindical, e reafirmada na última Marcha das Centrais a Brasília, ressaltou Patah, é um entre tantos pontos de identidade com a luta dos servidores públicos, pois fortalecerá a campanha pela valorização dos serviços públicos, dando mais dignidade aos seus trabalhadores. "A partir daí teremos uma data-base, negociações e regulamentações, e diminuirão o número de greves que muitas vezes precisam ser feitas para garantir avanços", frisou.

Eduardo Stalin destacou que uma das preocupações do SINAL é justamente esta, pois hoje é necessário fazer uma greve para abrir negociação, depois outra para realizar a negociação e ainda uma mais para fazer cumprir a negociação.

Reforçando a abordagem, Iso Sendacz lembrou que na última campanha salarial do SINAL, os funcionários do BC precisaram enfrentar 100 dias de greve para garantir melhorias. E ressaltou que o problema se estende a outras das funções chamadas "exclusivas de Estado", como a Magistratura, a Controladoria e a Polícia Federal, daí inclusive a importância de que atuem conjuntamente, pelas particularidades que compartilham.

Stalin reiterou ainda a importância do movimento sindical se somar à luta do SINAL pela regulamentação do artigo 192. "O Banco Central tem a responsabilidade de supervisionar o sistema financeiro e ainda de reger a política econômica, o que implica na necessidade de transformarmos o BC num órgão de Estado, profundamente vinculado ao interesse da sociedade, mais do que de governo", acrescentou.

CIDADANIA - Citando o sociólogo português Boaventura dos Santos, Patah apontou que houve um momento de quebra de paradigmas, onde o movimento sindical distanciou-se dos trabalhadores, deixou de ver o trabalhador como cidadão, o que proporcionou o aparecimento de muitas ONGs. "A UGT nasceu com esta preocupação com um sindicalismo cidadão, que aponta para o compromisso de atuar em sintonia com as necessidades do trabalhador, que vão da educação à segurança pública, do emprego e do salário ao meio ambiente", ressaltou.

Embora acredite que o atual governo está encaminhando vários pontos corretamente, Patah avalia que os resultados da educação brasileira e o desajuste na distribuição de renda são questões que merecem muito mais atenção. "Hoje, 1% da população concentra metade do PIB e os outros 99% têm a outra metade da riqueza e toda pobreza. Esta é uma questão que precisamos lutar, juntos, para mudar". Para fazer críticas, o presidente da UGT destaca a importância da Central ser independente e autônoma em relação aos partidos e governos, para que sua posição não apenas possa ser expressa com maior equilíbrio, como levada em conta, com seriedade.

SINTONIA - A preponderância do Ramo de Comércio e Serviços, que concentra 60% dos trabalhadores do Brasil, avalia o presidente da UGT, torna a entidade diferenciada, com um olhar mais sintonizado com a realidade do país. "Estamos sempre colhendo subsídios do conjunto das mais diversas categorias. Recentemente realizamos encontros de rurais, de trabalhadores do asseio e conservação, e assim vamos debatendo, consultando, com a ideia de que a nossa central existe para ajudar, não para interferir. Por isso acredito que há uma sintonia, uma sinergia, da UGT com as suas entidades". Ao destacar a necessidade da independência, Patah lembrou a posição contrária ao fator previdenciário, "que denunciamos como um mecanismo de arrocho das aposentadorias que precisa ser extinto. Nos mobilizamos, pressionamos e a vitória no Congresso demonstrou que estávamos com a razão".

"A UGT está comprometida com a defesa de atividades que são fundamentais para o desenvolvimento nacional, como é a dos servidores do Banco Central. Gosto de trabalhar assim, com afinco, com atenção às entidades, pois esta é sempre uma relação de duas mãos. Acreditamos que a vinda de uma entidade como o SINAL, com dirigentes extremamente preparados e qualificados, seria uma importante contribuição para a nossa central e um impulso a mais na nossa luta para mudar o Brasil", concluiu Patah."


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