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Salvador sustentável: o único caminho para o futuro


30/09/2020

A pauta sobre desenvolvimento sustentável, tão em voga nos dias de hoje, precisa ser amplamente debatida por todos os candidatos em Salvador. E junto com ela, os problemas de ordem econômica, social e ambiental que fazem com que a primeira capital do país, em pleno século 21, ainda não tenha um programa de sustentabilidade.

 

A Carta da Terra Mundial, documento chancelado pela UNESCO/ONU, que completou 20 anos em 2020, já alertara para a necessidade de respeitar e cuidar da integridade ecológica, da justiça social e econômica, assim como da democracia e da cultura da paz. Esses elementos, primordiais para uma política sustentável, já deveriam estar presentes em cada programa, projeto ou ação em nosso município. Mas não estão. 

 

Nunca é tarde lembrar que uma das premissas para um desenvolvimento sustentável é suprir as necessidades atuais sem comprometer as das futuras gerações. E para que isso aconteça é preciso, antes de mais nada, termos uma educação de qualidade com disciplinas que deem ênfase a temas ligados ao meio ambiente.

 

Não é uma tarefa fácil, mas tem que ser prioritária. Educação é um investimento a longo prazo e com retorno garantido, assim como implementar uma política ambiental em uma cidade tão complexa como Salvador. Vai levar tempo, mas os resultados serão imensuráveis para todos. 

 

Hoje, graças à ação do homem, nosso planeta passa por mudanças climáticas que atingem diretamente nossas vidas e, consequentemente, as pessoas mais vulneráveis são também as mais prejudicadas. No Brasil, a floresta amazônica sofre com o desmatamento, queimadas, grilagem de terras e garimpo. O Pantanal matogrossense arde em chamas, em mais um caso explícito de omissão do (des) governo Bolsonaro. Só no mês de setembro deste ano, segundo dados do Programa Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foi registrado o maior número de queimadas na história do Pantanal. 

 

E é nesse tenebroso cenário, agravado ainda mais pela pandemia da Covid-19, que o desenvolvimento sustentável passa a ter uma importância ainda maior. Avalio que a “economia verde”, com ênfase no uso de produtos renováveis, será o ponto de partida para a retomada da econômica mundial. 

 

Por falta de uma política ambiental séria, o Brasil, rico em fontes renováveis, corre sério risco de ficar de fora dessa retomada econômica. Em junho deste ano, sete grandes empresas europeias ameaçaram deixar de investir no Brasil caso não vissem progresso em uma solução para a destruição crescente da floresta amazônica, o que acarretaria em mais desemprego para nossa população. 

 

Este é o preço que pagamos quando, erroneamente, dissociamos os problemas ambientais da economia e do social. Não há como existir sustentabilidade sem assegurar a devida conservação do meio ambiente e o crescimento socioeconômico. A economia depende dos mais variados recursos da natureza, que precisa ser preservada para que nossas vidas não sejam destruídas.

 

Portanto, chegou a hora pensarmos verdadeiramente sobre o desenvolvimento sustentável e transformar Salvador numa cidade melhor para se viver, onde seja possível preservar a dignidade humana e utilizar de forma consciente nossos recursos naturais.

 

Magno Lavigne 

Advogado, presidente licenciado da UGT Bahia, porta-voz estadual da Rede Sustentabilidade e candidato a vice-prefeito de Salvador na chapa de Bacelar




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