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Presidente da UGT reforça luta pela manutenção das empresas e dos empregos


10/09/2020

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, participou, nesta quinta, 10, a convite do escritório de advocacia Mattos Filho, do debate “Retomada das atividades? Gestão de consequências nas áreas trabalhista e sindical”.

 

Mediado por Sólon Cunha, sócio da Prática de Trabalhista, Sindical e Remuneração de Executivos do escritório de Direito, o encontro contou também com a participação de Luciana Freire, diretora jurídica da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). 

 

Solon iniciou explicando que o objetivo da atividade era debater a importância do diálogo entre gestores e sindicatos, pensar na gestão das consequências da pandemia do coronavírus nas relações de trabalho e entender como ficarão as negociações daqui para frente.

 

Ricardo Patah destacou que “a falta de centralidade potencializou o problema da pandemia”. Por isso, segundo o dirigente, capital e trabalho precisam buscar, juntos, alternativas de superação, e a luta é para manter as empresas e os empregos.

 

“Já no início da pandemia, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo conseguiu grandes acordos com algumas empresas, utilizando banco de horas, férias, entre outras alternativas, visando sempre evitar as demissões. Além disso, as centrais sindicais se uniram e conseguiram, por exemplo, que o auxílio emergencial fosse de R$ 600, e não de R$ 200, como queria o governo. Mas o fato é que o crédito demorou muito para chegar às empresas, especialmente as pequenas e médias, que são as que mais empregam e acabaram tendo que fechar”, disse Patah. 

 

Hoje, uma das lutas dos sindicatos, de acordo com o presidente da UGT, é pela testagem de todos os trabalhadores. “Porque aquela pessoa que está assintomática acaba contaminando muitas outras, sem saber. Mas, se fosse testada, poderia evitar isso.”

 

Sobre os acordos ou convenções coletivas, Ricardo explicou que não é prudente negociar neste momento de crise, não apenas sanitária, mas também econômica. “Só em São Paulo, foram perdidos 100 mil postos de trabalho. Como fazer acordo nessa situação? Como exigir algo dos patrões, como se nada estivesse acontecendo? Então, o Sindicato dos Comerciários adiou as negociações para janeiro e os benefícios contemplados nas negociações anteriores ficarão valendo até lá. O mais importante neste momento é manter os empregos. Estamos lutando pela manutenção das empresas e dos empregos!”

 

Patah falou, ainda, sobre as mudanças que vieram para ficar. “O pós-pandemia vem acrescido de como vamos nos adequar ao novo mundo também em relação à tecnologia. Já começamos a realizar algumas assembleias virtuais e tem dado certo. O home office e o teletrabalho vão crescer cada vez mais e os sindicatos terão que lutar por regras para que não virem um trabalho análogo à escravidão. A UGT já criou um grupo de debates específico para esse tema no Conselho Nacional do Trabalho. Também é necessário um novo regramento para quem trabalha para os aplicativos, como motoboys, que precisam ter condições mínimas de segurança.”

Considerando a atual situação do Brasil, com 13% da população desempregada e 18 mil desalentados – aqueles que desistiram de procurar emprego, Ricardo Patah finalizou sua participação afirmando que o momento é de solidariedade e diálogo, sem radicalismo. “Repito que precisamos manter as empresas e os empregos. Esse tem sido meu maior apelo em todas as conversas e negociações.”




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