09/07/2020
Em janeiro teve início o processo de transição da administração do Grupo São Lucas, em Americana, que foi comprada pelo Grupo Notre Dame Intermédica. Desde então a administração do Sinsaúde tenta o diálogo pedindo reuniões, inclusive as de negociação da Campanha Salarial, sem uma resposta por parte do Grupo São Lucas.
E ao invés de tentar negociar com o Sindicato, a administração do Grupo São Lucas anunciou que vai fazer a terceirização no setor da higiene, atingindo 33 funcionários, além de retirar o adicional de periculosidade do setor de manutenção e o adicional de insalubridade dos setores Administrativo, Serviço de Nutrição e Dietética, Rouparia, Farmácia e Manutenção.
“Estamos em um momento ímpar, reivindicando o adicional de insalubridade em grau máximo para todos os trabalhadores e a empresa vai na contramão ao querer retirar este benefício dos funcionários que arriscam suas vidas no combate à pandemia”, argumenta o presidente da Subsede do Sinsaúde em Americana, Roberto Resende.
Por este motivo, o Sinsaúde fez uma denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT) e aguarda uma audiência de mediação para que o Grupo Notre Dame preste esclarecimentos sobre a terceirização e retirada de direitos.
“Também estamos com vários afastamentos de trabalhadores por conta do covid-19 o que está deixando o setor da enfermagem sobrecarregado”, aponta a diretora do Sinsaúde, Eliane Neves, lembrando que o Sindicato oficiou a administração do Grupo São Lucas e demais órgãos de saúde para a testagem imediata dos trabalhadores, mas até agora não recebeu retorno.
Saúde e segurança do trabalhador são foco das negociações:
A presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento, destaca que o Sindicato está batalhando para que todos os estabelecimentos de saúde façam a testagem dos seus colaboradores e que, além dos testes, haja a emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). “Os profissionais da saúde são linha de frente no combate a Covid-19 e devem ser cuidados pelos empregadores”, assinala ela.
O Sinsaúde Campinas também está fiscalizando o fornecimento dos equipamentos de proteção individual (EPI’s) e as demais condições de segurança para que os trabalhadores possam exercer suas funções. “Estamos atuantes e lutando por saúde, segurança e valorização, inclusive exigindo o adicional de insalubridade de 40% para todos”, finaliza Sofia.
UGT - União Geral dos Trabalhadores