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Especialista em direitos humanos da ONU alerta para riscos enfrentados por defensores da terra e do meio ambiente no Peru


05/02/2020

A crescente criminalização e estigmatização dos defensores dos direitos humanos e das comunidades locais no Peru por atores estatais e não-estatais precisa ser tratada com urgência.

 

O alerta foi feito, nesta terça-feira, pelo relator especial da ONU sobre a situação dos defensores dos direitos humanos, Michel Forst*.

 

Ameaças e ataques

Segundo o especialista, apesar dos ​​esforços do governo para proteger os defensores, existem padrões repetidos de ameaças e ataques contra eles em localidades e cidades como Cajamarca, Piura, Cuzco, Ucayali e Madre de Dios.

 

Após encerrar uma visita de 14 dias ao país, Forst disse que "eles sofrem criminalização, assédio judicial, estigmatização, intimidação e uso excessivo da força policial durante protestos sociais.”

 

Pressão

O relator explicou que “a crescente pressão sobre os recursos naturais coloca os defensores de direitos humanos em grande risco de danos por atores não-estatais, como empresas e redes criminosas.”

 

Fora isso, “as defensoras dos direitos humanos incluindo direitos sexuais e reprodutivos e os direitos Lgbti também enfrentam ataques de grupos conservadores e religiosos.” Jornalistas que revelam escândalos de corrupção são outros alvos.

 

Defensores

Forst se reuniu com cerca de 450 defensores de direitos humanos de várias regiões. E 40% eram mulheres.

 

Os defensores são descritos por diferentes setores como “terroristas”, “feministas”, “criminosos” ou “antidesenvolvimento”.

 

O especialista disse estar “preocupado com a falta de entendimento das autoridades estatais, empresas privadas e mídia sobre quem são os defensores dos direitos humanos.” Ele afirmou que “o papel vital dos defensores dos direitos humanos e sua contribuição para a sociedade devem ser reconhecidos.”

 

Recomendações

Para Forst, “nas áreas rurais, os conflitos sociais e ambientais estão intrinsecamente ligados aos padrões sistêmicos de discriminação e aos modelos insustentáveis ​​de exploração de recursos naturais, às custas dos direitos das comunidades afetadas e do meio ambiente.” Ele acrescentou que a “falta de consultas significativas, a corrupção e o papel de atores informais e criminosos são um terreno fértil para conflitos sociais e destruição ambiental."

 

No último dia de sua visita, o relator entregou uma declaração de fim de missão com uma série de recomendações.




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