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Rejeição de Bolsonaro é maior que aprovação, mostra pesquisa


22/05/2019

Levantamento do Instituto Atlas, feito entre os dias 19 e 21 de maio, mostra que a aprovação de Bolsonaro caiu cinco pontos e quem avalia como ruim ou péssimo bate 36,2%. A maioria dos brasileiros é contra cortes na Educação e quer a prisão do filho do presidente suspeito de operações financeiras irregulares.

 

A desaprovação do Governo Jair Bolsonaro superou a aprovação pela primeira vez: 36,2% da população considera a gestão do presidente “ruim” ou “péssima”, uma cifra que supera os 28,6% que avaliam como “ótima” ou “boa” em apenas cinco meses. Os números são da pesquisa exclusiva da consultoria Atlas Político, divulgada nesta terça-feira, e mostram que a percepção positiva continua em queda: desde abril, quando Bolsonaro completou 100 dias no poder, a desaprovação às decisões do Planalto subiu cinco pontos.

 

Para Andrei Roman, diretor do Atlas Político, o resultado, colhido entre os dias 19 e 21 de maio, não surpreende “dado o intenso noticiário negativo” a respeito do Governo nas últimas semanas, com repercussão dos cortes na Educação, que provocaram as primeiras manifestações nacionais contra Bolsonaro desde janeiro, a investigação sobre as finanças do filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro (86,3% disseram ter tomado conhecimento do caso e 54,3% dizem ser a favor de que ele seja preso), e os resultados econômicos ruins. A pesquisa, feita com 2.000 pessoas recrutadas na Internet e com amostra balanceada por meio de algoritmo, tem margem de erro de 2 pontos percentuais.

 

“O resultado mostra uma conversão de avaliação regular em ruim ou péssimo. Ou seja, uma intensificação da rejeição entre os que já não estavam gostando tanto assim do Governo. Por outro lado, se você olhar a aprovação, ela caiu menos. Mostra uma certa resiliência da base que ele tem e que parece estar segurando bastante bem”, pondera Roman.

 

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Esta base ainda fiel ao bolsonarismo será posta à prova no próximo domingo, dia 26 de maio, para quando os apoiadores do presidente convocam manifestações em ao menos 50 cidades do país. A mobilização não é um consenso na coalizão que ajudou a eleger Bolsonaro, que inclui os movimentos que fizeram campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff, e nem mesmo no próprio partido do presidente, o PSL. "O que a pesquisa mostra é que ainda existe um percentual grande da população que apoia o presidente e eu não ficaria surpreso se há manifestações expressivas a favor do presidente e, dias depois, manifestações expressivas contra ele. É só um resultado da polarização da sociedade que continua", analisa do diretor do Atlas. Para ele, ainda é cedo para dizer se Bolsonaro conseguirá estancar a queda de apoio. "Depende de produzir resultados na economia e na queda do desemprego", diz.

 

A pesquisa também perguntou aos eleitores sobre o tema que levou professores e estudantes às ruas na semana passada. No total, 51,5% da população é contra os cortes na Educação, que atingem em média 30% de todo o orçamento não obrigatório das universidades. A margem dos que apoiam a medida do Governo não é baixa: 45% dizem estar de acordo com o contingenciamento, que o Ministério da Educação diz ser obrigado a fazer por causa da crise fiscal ao passo que também critica ideologicamente as instituições.

 

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Vocabulário da crise e Lula

No momento em que os problemas de governabilidade do gestão Bolsonaro ficam mais evidentes, 50,2% dos entrevistados não acredita que o Congresso pode eventualmente se decidir por abrir um processo de impeachment contra o presidente. Além disso, 49,4% seria contra essa possibilidade (contra os 38,1% que apoiam o "Fora, Bolsonaro").

 

A pesquisa também mostra que o político mais bem avaliado do Governo segue sendo o ministro da Justiça, Sérgio Moro, com 60% de aprovação, conforme revelou o Atlas Político em abril, de modo similar aos resultados encontrados pelo Instituto Datafolha. Entre as personalidades políticas pesquisadas, quem mais subiu na aprovação foi o ex-candidato à presidência, Ciro Gomes (PDT), que. no entanto, segue majoritariamente rejeitado pela população e atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, avaliado positivamente por 31% dos brasileiros.

 

O ex-presidente petista, preso desde abril de 2018, concedeu sua primeira entrevista exclusiva ao EL PAÍS e à Folha em abril. Segundo a pesquisa Atlas, 41,1% assistiu à entrevista. Na população geral, 56,1% é a favor da prisão de Lula, condenado por corrupção no âmbito da Operação Lava Jato.

 

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Fonte: El País




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