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Guedes propõe fim dos direitos trabalhistas para os jovens


06/02/2019

“O governo Bolsonaro pretende transformar o Brasil num  paíse subserviente aos capitalistas de primeiro mundo, sem direitos trabalhistas e onde trabalhadores se sujeitem a  salários de pobreza”, disse o presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi, ao tomar conhecimento da declaração do  ministro da Economia, Paulo Guedes, em recente encontro empresarial em Brasília, dia 5/2. Na ocasião Guedes adiantou que o texto da reforma da Previdência incluirá uma nova opção de regime trabalhista para os jovens que ingressarem no mercado de trabalho.

 

“O jovem poderá escolher. Na porta da esquerda, há a Carta del Lavoro, sindicatos, mas quase não tem emprego. Na porta da direita, não tem nada disso”, afirmou o ministro na 13ª edição do encontro do Poder360-ideias, divisão de eventos do Poder360, que aconteceu em Brasília (DF)

 

Guedes adiantou que nessa nova modalidade de oferta de emprego estariam garantidos apenas os direitos constitucionais, como férias anuais de 30 dias, descanso semanal, 13º salário e bonificação de férias, entre outros.

 

Já benefícios que são agregados aos contratos de trabalho de várias categorias por força de acordos sindicais não estariam incluídos no sistema opcional para jovens. Por exemplo, algumas categorias de trabalhadores têm em seus acordos coletivos valores estipulados de vale refeição, auxílio-transporte e bônus de participação nos resultados.

 

Nesse novo regime a Justiça do Trabalho não seria usada. “Seu patrão fez algo de ruim com você? Vai na Justiça Comum contra ele”, declarou.

 

Com a eventual adesão gradual dos trabalhadores ao novo sistema, a presença da Justiça do Trabalho também começaria a ser reduzida.

 

Para o presidente da UGT-PARANÁ, “além de embutir uma reforma trabalhista na proposta da reforma da Previdências, o governo quer retirar direitos trabalhistas já conquistados, sob o pretexto da empregabilidade. Já vimos esse discurso quando da reforma trabalhista. A realidade nos mostra que nada mudou na abertura de postos de trabalho. Com essa proposta, teremos gerações de trabalhadores escravizados, condicionados à subserviência. E pior: agora o ministro faz um ataque direto aos sindicatos”, disse Rossi, que ironizou: “estamos, sim, na Porta del Lavoro, contra a ganância, combatendo as desigualdades sociais, e lutando por dignidade para a classe trabalhadora; na outra porta estão justamente aqueles que são contra todos esses preceitos”, cutucou Rossi.




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