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Futuro da Ceagesp ainda é incerto para comerciantes


16/01/2019

Permissionários aguardam informações sobre as possíveis privatização, mudança de local e sobre quais serão os impactos nos custos de mercadorias

 

Comerciantes da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) ainda não sabem o que esperar das mudanças anunciadas pelo governador, João Doria (PSDB), sobre possível privatização e realocação do entreposto.

 

Segundo o presidente do Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo (Sincaesp), Claudio Furquim, os comerciantes do entreposto não tiveram espaço de fala ou receberam notícias sobre as negociações envolvendo a Ceagesp até o momento.

 

Na quinta-feira, 10, o governador de São Paulo se reuniu com o presidente da República, Jair Bolsonaro, para discutir a desestatização que a nova gestão pretende iniciar no Estado. Entre os temas abordados estava a possibilidade de privatização da Ceagesp e a mudança do lugar atual na Vila Leopoldina, Zona Oeste, para um espaço até quatro vezes maior. 

 

As opções de novos locais não foram divulgadas pelo governador para não haver especulações imobiliárias. No entanto, ele revelou que a preferência é por espaços a beira de rodovias. O terreno em que fica a Ceagesp atualmente seria oferecido para o Centro Internacional de Tecnologia e Inovação (CITI). 

 

O diretor da Associação dos Comerciantes Atacadistas de Pescado no Estado de São Paulo (Acapesp), Milton Minoro, diz que devido à falta de informações sobre as mudanças, o posicionamento de alguns permissionários ainda é incerto. Até o momento, grande parte dos licenciados se consideram contra a mudança, segundo ele.

 

Minoro afirma que os permissionários estão mais preocupados com a utilização de um novo espaço do que com os efeitos que a realocação pode trazer aos preços das mercadorias. Para ele, isso só será revertido com mais a divulgação de mais informações sobre o novo local e a estrutura oferecida.

 

Para efetuar a realocação, o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Paulo Dutra, explica que além de investir na construção de um novo espaço, será necessário cuidar da estrutura das redondezas. “É preciso se certificar que o entorno e vias de acessos suportem a demanda”, diz. 

 

O superintendente da Associação Paulista de Supermercados (APAS), Carlos Correa, concorda que é preciso investir em toda a infraestrutura ao redor do novo espaço. Ele acredita que buscar uma alternativa que promova ganho de produtividade e diminuição de custos, como a mudança de local promete, é positiva para o setor de comércio. 

 

Infraestrutura 

 

O presidente do Sincaesp acredita que ainda há muito a se resolver para que essas mudanças sejam concretizadas. Atualmente, a Ceagesp está sob responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do governo Federal, limitando a influência do Estado. Além disso, para ele, a precariedade em que o entreposto se encontra atualmente preocupa mais os comerciantes do que a realocação.

 

“Nós temos falta de energia quase que diariamente. Para a limpeza, que deixa a desejar, o entreposto paga quase R$ 2 milhões mensais. A segurança, nada eficiente, custa cerca de R$ 1,7 milhão por mês”, diz Furquim.

 

A Ceagesp tem 13 unidades de entrepostagem vinculadas e aproximadamente 2.800 permissionários. Só no terminal de São Paulo circulam uma média de 50 mil pessoas por dia.

 

Fonte: Jornal DCI




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