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Escolas bilíngues iniciam expansão além dos grandes centros urbanos


15/01/2019

Crescente oferta de instituições no segmento está ligada à qualificação dos profissionais; custos mais baixos em cidades de menor porte têm viabilizado investimentos em novas unidades

 

Após um forte movimento de expansão nos grandes centros urbanos brasileiros, as instituições de ensino bilíngue miram cidades de pequeno e médio porte para reduzir custos e continuar aumentando o número de unidades.

 

“Atualmente, temos cerca de 106 unidades. Até o final do ano, devemos chegar em 140 escolas. Nosso foco a partir de agora são as cidades pequenas e médias, que têm entre 500 mil e 600 mil habitantes”, disse o CEO na América Latina da rede de ensino Maple Bear, Arno Krug.

 

De acordo com o executivo, a atuação fora dos grandes centros urbanos tem como principal objetivo atender famílias em busca de ensino bilíngue a um preço não tão elevado. “O custo das cidades menores para iniciar uma operação também é mais baixo e, consequentemente, ajuda nesse processo de expansão”, afirma Krug, lembrando que nas capitais a mensalidade gira em torno de R$ 2,8 mil, enquanto que no interior fica em uma média de 2,2 mil.

 

Ele conta que o método de ensino da instituição é canadense, mas está de acordo com a base curricular prevista pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). “Normalmente, quando um professor é contratado, ele passa por um processo de adaptação ao método de ensino canadense. Por dois anos, esse profissional trabalha como assistente”, declara Krug.

 

O executivo menciona que esse docente recém-contratado é avaliado por educadores canadenses que vêm ao Brasil com a finalidade específica de verificar se a metodologia está sendo aplicada corretamente. Com cerca de 25 mil alunos matriculados na rede, o CEO da rede Maple Bear afirma que mais de 80% dos alunos optam por ficar no Brasil após a conclusão do ensino médio. Porém, segundo ele, os estudantes que planejam entrar em alguma faculdade canadense ou norte-americana podem personalizar a grade curricular como preparo para o ingresso em universidades estrangeiras.

 

“Temos algumas matérias optativas que permitem que o estudante monte parte da grade. Porém, existem alguns conteúdos que são fixos”, relata Krug. Até o final deste ano, a previsão é de crescimento de 30% no número de alunos matriculados na rede.

 

Além disso, Krug diz que na educação infantil o ensino é completamente realizado em inglês e, conforme o aluno vai passando para séries superiores, existe uma mescla entre conteúdos na língua inglesa e no português na grade.Outro exemplo de escola de origem canadense com planos de expansão para os próximos anos é o Colégio Brasil Canadá. “Percebemos que nos últimos anos o ensino bilíngue tem se tornado mais ‘democrático’, chegando às regiões mais longínquas e menores.

 

Os pais que não tiveram acesso a esse tipo de ensino agora têm o desejo de proporcionar isso para seus filhos”, afirma o sócio da rede de escolas bilíngue, Sidney Eduardo Kalaes. Ele diz que a rede tem cinco unidades, localizadas nas cidades de São Paulo, Brasília, Mogi das Cruzes e em Americana.

 

Segundo Kalaes, uma das estratégias de “rápida expansão” se dará por meio da conversão de bandeiras de instituições de ensino já existentes, quando passam a usar o nome e o método de ensino do Colégio Brasil Canadá. A mensalidade das unidades já existentes vai de R$ 1,8 mil a R$ 2 mil.

 

“Criamos um programa de capacitação para os professores aprenderem o inglês nas escolas convertidas”, diz o executivo, ressaltando que o modelo de expansão é mais barato pois aproveita a estrutura já existente sem a necessidade de construção de novas instalações escolares.

 

Unidades em Santos, Alphaville, São Caetano do Sul e Guarulhos (SP) devem ser abertas nesse ano. Para a sócia das escolas bilíngues Garatuja e Builders, Ana Paula Mustafá, o recente crescimento desse mercado está ligado também à preocupação dos professores recém-formados na qualificação em uma língua estrangeira.

 

“Antes, esse perfil de funcionário era raro. Hoje em dia, vemos profissionais muito bem preparados e correndo atrás de novos idiomas”, disse ela, lembrando a possibilidade de expansão da marca para Salvador (BA) e Florianópolis (SC).

 

Fonte: Jornal DCI




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