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RMF perde 24 mil vagas de trabalho em fevereiro.


03/04/2009

A taxa de desemprego continuou crescente, em fevereiro, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) chegando a 12,2% da População Economicamente Ativa (PEA) contra 12% verificado em janeiro, o que representa que foram perdidos 24 mil postos de trabalho.

Em números absolutos, o total de desempregados se manteve estável em relação ao mês anterior, com 206 mil pessoas à margem do mercado de trabalho na RMF. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada mensalmente pelo Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), em parceria com o Sine-CE, o Departamento Intersindical e Estudos Socioeconômicos e Estatísitcos (Dieese) e o Ministério do Trabalho e Emprego.

A taxa de desemprego aberto passou de 6,7% para 6,9%, entre janeiro e fevereiro de 2009, resultando na soma de 117 mil pessoas a procura de emprego no mês - duas mil a mais do o contingente verificado em janeiro (115 mil).

O aumento das taxas de desemprego entre os dois primeiros meses de 2009 ocorreu para homens e mulheres, passando respectivamente de 10% para 10,2% e de 14,2% para 14,4%.

Em relação às ocupações, a redução de postos de trabalho ocorreu em todos os setores da economia. Em fevereiro de 2009 foram eliminadas oito mil ocupações no comércio, sete mil na indústria e seis mil nos serviços. Apenas a construção civil se manteve com o mesmo número de ocupados em ambos os meses, correspondendo a 97 mil pessoas ocupadas.

´O mercado imobiliário continua crescendo, apesar da crise. A construção civil foi o único setor que conseguiu manter as ocupações. Os investimentos em infra-estrutura projetados para o Ceará este ano e os incentivos do governo para o segmento vão minimizar os impactos da crise no mercado de trabalho´, avalia o analista do IDT, Mardônio Costa.

Para ele, a tendência de elevação do índice de desemprego chega a ser natural devido a sazonalidade do período, mas não descarta os reflexos da crise. ´Sempre em janeiro e fevereiro há um ajuste da mão-de-obra, devido ao fim do pico da atividade econômica nos meses de novembro e dezembro.

Mas é possível que com a crise reduzindo o nível de confiança dos agentes econômicos e afetando o desempenho da economia, a tendência de elevação da taxa de desemprego na RMF se estenda um pouco mais este ano, chegando em torno de abril. Mas a partir do segundo semestre devemos ter uma conjuntura mais favorável´, estima.

Mesmo com a tendência de alta do desemprego, o analista do IDT, já enxerga melhorias na pesquisa. ´Segundo a PED, em janeiro foram fechados 26 mil postos de trabalho na RMF. Agora em fevereiro foram 24 mil a menos, o que mostra que o mercado já começa a reagir´, conclui Costa.

PRESSÃO SOBRE O MERCADO

Taxa é maior entre mulheres e jovens

Seguindo a tendência do mercado de trabalho, o desemprego atingiu com mais intensidade as mulheres e os jovens entre 18 e 24 anos. A taxa para essa faixa etária alcançou 23,5%, se mantendo estável em comparação com janeiro (23,6%). Embora o índice tenha sido menor para o segmento de 25 a 39 anos (11,3%), ele obteve maior elevação no comparativo com janeiro (10,3%). Para Ediran Teixeira, coordenador da PED no Dieese, ´as taxas mais elevadas entre mulheres e jovens são justificadas pela maior pressão que os dois públicos fazem sobre o mercado de trabalho, que oferece menor disponibilidade de vagas para essa massa de pessoas´.

O tempo médio de procura de trabalho dos desempregados da RMF aumentou de 46 para 47 semanas entre janeiro e fevereiro deste ano. ´Isso quer dizer que o trabalhador precisa fazer um esforço maior para encontrar um novo emprego´, admite Ediran Teixeira, para quem o fato não é determinante para afirmar que a crise está afetando o mercado de trabalho local. ´Também temos fatores positivos nessa pesquisa como a ampliação do rendimento médio e dos empregos com carteira assinada´.

É que apesar da queda no nível de ocupação dos segmentos econômicos, o emprego assalariado com carteira assinada ampliou nove mil ocupações, totalizando 516 mil trabalhadores, com uma participação de 34,7% no total de ocupados (1,48 milhão de pessoas).

Em janeiro, havia 507 mil trabalhadores com carteira assinada num universo de 1,51 milhão de pessoas ocupadas na Região Metropolitana.


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