07/11/2018
A notícia veiculada nos jornais sobre a intenção do presidente eleito Jair Bolsonaro fundir o Ministério do Trabalho e Emprego com o Ministério do Comércio e Indústria é, para a União Geral dos Trabalhadores (UGT), um atentado aos direitos da classe trabalhadora brasileira. Eleito democraticamente, o presidente Jair Bolsonaro assume o Governo em janeiro de 2019 e deveria buscar o diálogo com as entidades de defesa dos trabalhadores, antes de anunciar que irá extinguir de vez um órgão tão importante para a geração de emprego e renda para a população.
Esta é uma informação muito ruim, principalmente por se tratar de uma entidade que está prestes a completar 88 anos de atuação, caracterizada por ser a guardiã de toda a pauta que gira em torno dos trabalhadores, como a geração de emprego, defesa dos direitos e garantias constitucionais.
A classe trabalhadora sempre esteve aberta ao diálogo, contribuindo para o melhor encaminhamento entre capital e trabalho. Por isso é preciso fortalecer a pasta e ampliar a atuação do Ministério do Trabalho e Emprego, ao invés de sublocar suas atividades a um futuro ministério que terá um foco totalmente empresarial.
A UGT sabe que a diminuição dos ministérios é um processo necessário para o país superar os desafios econômicos, mas mexer em uma pasta tão específica como essa é uma forma de ignorar tudo o que, ao longo de décadas, foi feito em prol de uma sociedade mais justa, igualitária, com trabalho decente e melhor distribuição de renda.
Direção da UGT
UGT - União Geral dos Trabalhadores