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Em seu segundo dia, o Intercâmbio de Mulheres sobre Violência no Mundo do Trabalho, realizado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), com apoio da CSC (Confederação Sindical Cristã), contou com a presença da advogada dra. Claudia Luna, da ONG Elas por Elas.

Os temas abordados foram assédio moral e sexual no mundo do trabalho, violência doméstica e LGBTI+.

Para a advogada, “a violência doméstica influencia demais no ambiente de trabalho, a ponto de causar acidentes laborais. É preciso pensar que estratégias os sindicatos podem praticar para monitorar as empresas e proteger as mulheres”.

Já a diretora do Simeaco, Maria Silva, abordou o assédio moral no trabalho com foco no transexual e travesti.

“Se o preconceito com a mulher já é grande, imagina com eles! Os transexuais e travestis conseguem se formar, mas não conseguem emprego”, contou Maria.

Cássia Bufelli, secretária adjunta da Mulher da UGT, explicou que a resistência virá da unidade entre as mulheres de diferentes países. “É assim que vamos conseguir humanizar a OIT e incluir em suas normas a proteção às mulheres e aos LGBTI+. Dessa forma, inclusive os países que não possuem legislação própria para esses assuntos poderão encontrar apoio na OIT.”

Na ocasião, sindicalistas da República Dominicana apresentaram cases de seu país e, ao final, as participantes sugeriram ações a serem colocadas no Relatório Marrom da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os principais itens levantados foram: desenvolvimento de campanhas educativas de sensibilização e conscientização, a fim de diminuir todo e qualquer tipo de assédio; criação de políticas públicas; inserção de normas de proteção nas Convenções Coletivas de Trabalho; criação de comitês de acolhimento e apoio.

O relatório será preenchido nesta quarta, 17, após uma visita ao Centro de Cidadania LGBTI+ Luiz Carlos Ruas.

O evento contou com a co-organização da CSA (Confederação Sindical de Trabalhadores da América) e coordenação do Instituto de Altos Estudos (IAE) e do Instituto de Promoção Social (IPROS) da UGT.

Participaram também Mara Felps, representando a CUT, e Kátia Rodrigues, da Nova Central.