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Importação de alumínio chinês reduz consumo de produção brasileira, diz Abal


27/09/2018

Brasil deve comprar 132 mil toneladas em 2018

Exportações brasileiras caíram 51% até agosto

 

Segundo o presidente da Abal (Associação Brasileira do Alumínio), Milton Rego, o aumento da importação de alumínio chinês reduziu o consumo da produção doméstica. A previsão para 2018 é que o Brasil compre 132 mil toneladas do país asiático ante 11 mil toneladas importadas em 2009.

 

“A China está, cada vez mais, sendo a principal origem das nossas importações de alumínio. E não apenas o volume que nós importamos está aumentando, como também aumenta a participação da China como exportador”, afirmou ao Poder360.

 

 

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A grande questão, segundo Rego, é que a China exporta alumínio semimanufaturado, ou seja, em 1 estágio mais avançado da produção. Entretanto, o produto chinês é vendido por 1 valor mais baixo que o alumínio bruto brasileiro.

 

Na visão do presidente da Abal, essa competição “desleal” pode implicar uma primarização da indústria brasileira. “Estamos diminuindo a nossa capacidade de produção do alumínio e aumentando as importações. O que sobra para exportarmos é minério”, afirma.

 

Rego explica que a situação se agravou com o avanço da guerra comercial entre China e Estados Unidos. O país norte-americano era o principal destino do alumínio chinês, mas a exportação se tornou inviável após o aumento sucessivo das tarifas de importação dos países. Como maior produtor de alumínio do mundo, a China procura novos parceiros comerciais.

 

“A produção de alumínio da China multiplicou por 12 desde os anos 2000. O país se tornou o maior produtor e exportador de alumínio e fez isso deslocando todo o mundo”, disse.

 

Para Rego, apesar de competitivo no mercado de alumínio, o Brasil não consegue superar a política comercial da China. “São extremamente agressivos, muitas vezes exportando produtos abaixo do custo”.

 

Preocupados com o avanço das vendas asiáticas no país, a Abal procurou representantes dos candidatos à Presidência da República. No entanto, a percepção da associação é que a questão de competitividade desleal não está no radar dos presidenciáveis.

 

EXPORTAÇÕES CAÍRAM ATÉ AGOSTO

 

Além do efeito das importações da China, a indústria brasileira amarga os reflexos da taxação imposta pelos Estados Unidos ao alumínio do Brasil em março e da greve dos caminhoneiros. Entre janeiro e agosto, a exportação do alumínio brasileiro caiu 51%.

 

No mês passado, as vendas de alumínio para outros países somaram US$ 50,9 milhões ante US$ 103,9 milhões em janeiro, de acordo com dados do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços).

 

Enquanto isso, a importação de alumínio para o Brasil cresceu em 42,9%. Em janeiro, as importações do produto somaram US$ 139,01 milhões. Já no mês de agosto, totalizou US$ 198,62 milhões.

 

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Fonte: Poder 360

 

 

 




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