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Comerciários de Sergipe lutam contra retirada de direitos


10/07/2018

 

 A Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Sergipe, entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e seus sindicatos filiados tentam fechar acordo coletivo de trabalho, mas, os patrões, não querem dar aumento salarial e nem pagar hora extra aos comerciários, entretanto tentam impor banco de horas, baixos salários e jornadas excessivas de trabalho.

 

O impasse vem desde o ano passado. Sem a renovação da convenção coletiva, os trabalhadores do comércio enfrentam dificuldade para ter reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Os patrões querem que o sindicato aceite um acordo que não traz nenhum ganho real.

 

Liderados pelo presidente da Federação do Comércio de Sergipe, Laércio Oliveira, os empresários sergipanos tentam retirar direitos que põem em risco conquistas históricas da categoria. Além de não reajustar os salários dos trabalhadores, a classe patronal quer que o sindicato aceite perdas, afirmam os dirigentes sindicais.

Os setores atacadista, farmacêutico e concessionária de veículos  estão sem assinar convenção coletiva de trabalho desde maio, data-base dos funcionários. Já os segmentos lojista e supermercadista não fecharam acordo em janeiro deste ano, que é a data-base dos seus empregados.

 

REIVINDICAÇÕES

 

Os comerciários reivindicam a manutenção das datas-bases (janeiro e maio); reposição salarial e manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho. A falta de diálogo representa um retrocesso nas discussões para o entendimento entre o capital e o trabalho.

 

Essas reformas e maldades do governo Temer, como, por exemplo, a terceirização e o trabalho intermitente (contrato onde o funcionário é chamado para desempenhar suas atividades de forma esporádica), defendidas pelo deputado Laércio Oliveira, líder dos empresários do comércio de Sergipe, tem impregnado nocivamente a relação com os trabalhadores.

 

Os dirigentes sindicais afirmam que os patrões querem legalizar práticas que já foram historicamente rejeitadas pela categoria a exemplo do banco de horas, no lugar do pagamento de hora extra, e a abertura das lojas nos feriados sem autorização do sindicato.

 

O setor supermercadista abandonou recentemente o diálogo respeitoso e decente com seus empregados e vem se utilizando de liminares para funcionar nos feriados. Em alguns momentos a justiça tem autorizado essa abertura e os dirigentes sindicais entendem que essa concessão é vergonhosa. Existe uma lei em vigor que determina o acordo com o funcionário para que a loja abra em feriados.

 

O Ministério Público do Trabalho (MPT), em ações impetradas pelo sindicato na justiça, já se pronunciou e entende que o decreto 9.117/2017, tornando essencial a atividade do comércio varejista de alimentos, não sobrepõe a lei que garantem ao sindicato o direito de só autorizar o funcionamento do comércio em feriados mediante a assinatura de um acordo específico.

 

Com o impasse das negociações, a federação e seus sindicatos filiados solicitam a intermediação da classe política e autoridades do estado para reagirem às imposições da classe patronal que tenta alterar direitos conquistados em negociações anteriores.


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