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Formação sindical da UGT visa a uma sociedade mais justa e igualitária


05/07/2018

 

 

A Secretaria de Formação da União Geral dos Trabalhadores (UGT), com cooperação do Solidarity Center – AFL-CIO, realizou, nos dias 4 e 5 de julho, a “Oficina de formação política e sindical com perspectiva de gênero e raça”.

 

O evento, que aconteceu na Praia Grande, na Colônia de Férias do Siemaco-SP, entidade filiada à UGT, teve por objetivo fortalecer, criar e avançar em instrumentos e políticas afirmativas para superar o momento de retrocesso que se vive no Brasil, principalmente para a classe trabalhadora e ainda maior quando se considera o recorte de gênero e raça.

 

Participaram da ação dirigentes sindicais de todas as regiões do País, mobilizados na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

 

“Quando idealizamos este evento, a ideia era trabalhar a questão da representatividade. Por isso, estamos muito felizes em, de fato, reunir aqui pessoas do Brasil inteiro para fortalecer a nossa luta”, afirmou Josi Camargo, secretária de Formação da UGT.

 

Na ocasião, entre palestras, debates e atividades em grupos, os temas abordados foram inclusão e diversidade; coletivo de gênero; a conjuntura econômica e política internacional na perspectiva de gênero e raça; as reformas trabalhista e da Previdência e os retrocessos nas políticas sociais; impactos e implementação das reformas sobre o mundo do trabalho; estratégias de custeio sindical; e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

 

"Fundamentalmente, o que dá valor à democracia são as questões sociais e sindicais. Mas querem quebrar essa perna. Os artigos aprovados na reforma trabalhista, como a mulher grávida poder trabalhar em lugar insalubre ou o trabalho intermitente, por exemplo, são crimes. No entanto, vamos construir políticas para atravessar esse momento e uma das nossas principais armas é o voto nas eleições deste ano”, disse Ricardo Patah, presidente Nacional da UGT. “A luta pela inclusão em suas diversas formas está no DNA da UGT. Temos o dever cívico de fazer as mudanças que queremos. Mesmo em meio a tantas adversidades, vamos em frente, com nossas políticas e formações, sempre em defesa do trabalhador", reforçou.

 

Entre os líderes ugetistas presentes, estavam Salim Reis, vice-presidente da entidade; Regina Zagretti e Ana Cristina Duarte, respectivamente, secretárias da Mulher e da Diversidade da Central; Moacyr Pereira, secretário de Finanças da UGT e presidente do Simeaco-SP; Cássia Bufelli e Joyce Ribeiro, secretária adjunta e assessora da Secretaria da Mulher; Cristina Palmieri, coordenadora da Jornada 2030 e do Comitê de Sustentabilidade; Orildes Maria Lottici, secretária de Formação Sindical da UGT do Rio Grande do Sul; e Helen Silvestre, do Instituto de Altos Estudos (IAE).

 

A Oficina contou, ainda, com os palestrantes Jana Silverman, da AFL-CIO; Victor Gnecco Pagani, do Dieese; Marilane Teixeira, da Unicamp; Bruna Valin, da Aliança Nacional LGBTi+; e Aparecido Tenório, do Sindicato dos Padeiros de São Paulo.

 

Segundo Regina, “essa reunião une forças para renascermos das cinzas após a reforma trabalhista. Somos responsáveis pelas nossas categorias e por levar aos trabalhadores da base tudo o que for aprendido aqui – especialmente para as mulheres, que são as mais prejudicadas com as mudanças. Cabe a nós, com as nossas políticas e nosso conhecimento, trocar informações e experiências para tocar nossos projetos em defesa dos trabalhadores. Essa é a obrigação a que se propõem os sindicalistas”.

 

Para Orildes, o evento foi uma oportunidade de discutir uma pauta sempre atual: “Por mais que a sociedade avance em alguns pontos, principalmente no que diz respeito à tecnologia, alguns aspectos comportamentais parecem ainda precisar de uma discussão mais profunda. Nós, como dirigentes sindicais, representantes da classe trabalhadora, temos obrigação de discutir como a discriminação impacta as relações e a formação do mercado de trabalho”.

 

Ana Cristina Duarte complementou: “Nós temos a responsabilidade de implementar nos Estados e nos sindicatos políticas de mobilização em prol da mulher e da diversidade humana”.

 

“Vivemos um momento difícil e, em meio a isso, é muito bom estar num evento como este, que reúne, informa e compartilha. A reforma trabalhista foi um crime contra a classe trabalhadora. Além dos 14 milhões de desempregados, há os desalentados, que já nem procuram mais emprego, por acreditar que não vão encontrar – e às vezes não têm dinheiro nem para a condução. Hoje, tudo se decide no Congresso Nacional e há pouquíssimos representantes sindicais, representantes do trabalhador na bancada. Por isso, precisamos estar atentos às eleições”, disse Salim Reis.

 

Ainda sobre a oportunidade de mudança nessas eleições, Cássia Bufelli ressaltou: “As desgraças que estamos vivendo se deram no Congresso e é preciso mudá-lo. O movimento sindical foi protagonista em muitos momentos da história e precisamos dar continuidade a essa bandeira. Muitos dos direitos que os trabalhadores têm hoje foram conquistados por nós. Ou assumimos nosso papel como seres humanos, solidários, sem rótulos e sem diferenças, ou só vai piorar. Essa é a responsabilidade de cada dirigente sindical. Além disso, cota não resolve. Cota só nos faz lembrar que existimos mas não temos espaço. E, para ocupar espaços, precisamos de oportunidade e condição”. 

 
 



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