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Concentração bancária cresceu no Brasil, diz Banco Central


13/06/2018

O Banco Central mostrou nesta terça-feira que o Brasil está entre os países com sistemas bancários mais concentrados do mundo. Em seu Relatório de Economia Bancária (REB), a instituição citou dados que indicam que, em 2016, os cinco maiores bancos do País – Caixa, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander – controlavam 82% dos ativos. O porcentual coloca o País como o mais concentrado entre os emergentes citados pelo BC. Entre países desenvolvidos, só a Holanda tem concentração mais alta, de 89%.

 

Segundo o BC, a concentração bancária aumentou na maioria dos países após a crise financeira global de 2008. Isso ocorreu porque surgiu um movimento de fusões e aquisições, muitas vezes para evitar crises sistêmicas. Em 2006, por exemplo, os cinco grandes brasileiros detinham apenas 60% dos ativos.

 

“O Brasil apresentou aumento do nível de concentração no período, figurando em 2016 no grupo de países com os sistemas bancários mais concentrados, que inclui Austrália, Canadá, França, Holanda e Suécia”, disse o BC no relatório, com base em dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS).

 

Apesar de reconhecer a situação brasileira, o BC defendeu que a relação entre concentração bancária e spreads “não é tão direta quanto o senso comum pode sugerir”. O spread corresponde à diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que é efetivamente cobrado de pessoas físicas e empresas. Em abril deste ano, por exemplo, o spread das operações de crédito com recursos livres (sem dinheiro do BNDES e da poupança) estava em 33,3 pontos porcentuais – acima dos 24,9 pontos do fim de 2014, antes da recessão brasileira.

 

Para o BC, outros fatores que não têm relação com a concentração podem influenciar o custo do crédito, como ineficiência na regulação, rigidez de informações e até a limitada educação financeira da população. “Apesar do aumento da concentração bancária nos últimos anos, houve melhora no nível de competição entre os bancos”, disse o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Viana de Carvalho. Procurada, a Federação Brasileira de Bancos não se manifestou até o fechamento desta edição.

 

Fonte: Estadão


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