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As novidades da demografia no Brasil


08/05/2009



Marcos Afonso de Oliveira

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam uma acentuada queda da taxa de fecundidade de mais de seis para menos de dois filhos por mulher. Os efeitos, desses e de outros dados estatísticos, combinados com a queda das taxas de mortalidade
do aumento da proporção de adultos em idade produtiva e da participação feminina no mercado de trabalho vem provocando uma transformação demográfica do país com resultados até certo ponto positivos.

Nos últimos 30 anos compreendidos entre 1950 a 1980, a renda tinha de atender a uma população que crescia a uma taxa anual de 2,8%. Para o período de 2000 a 2030, estima-se uma taxa média de apenas 0,8%. Mas não é só a quantidade de pessoas que faz a diferença, a sua composição tem papel tão ou mais importante. Nos anos 60, a população se dividia quase pela metade entre pessoas em idade produtiva e seus dependentes(crianças e adolescentes), na maioria) e idosos. Hoje, a faixa entre 15 e 65 anos é dois terços do total. De lá para cá, a média geral de idade passou de pouco mais de 18 para os 29 anos estimados para 2010.

Estudiosos do assunto acham que as mudanças, ou essas quedas, tem seu lado bom. Menos crianças significam renda familiar mais alta e, logicamente, melhorara o nível educacional. As mulheres trabalham com salários mais altos. Casais sem filhos e com dupla fonte de rendimento são cada vez mais comum hoje em dia. A queda do percentual de jovens entre 15 e 24 anos também é a principal causa da diminuição da taxa de homicídios em São Paulo,já que essa faixa é estatisticamente a mais propensa ao crime.

Com base na expectativa de redução da população de 4 a 17 anos, o Ministério da Educação elaborou nota técnica para embasar projeto que estende a toda essa faixa o atendimento escolar obrigatório, que hoje vai dos 6 aos 14. A população da mesma faixa etária (4 a 17 anos), que em 2007 era de 47,6 milhões, em 2011 já terá decrescido cerca de 6,5%. O envelhecimento também implica custos crescentes em saúde e Previdência. A previsão é a de que em 2028, para cada pessoa com mais de 60 anos, o Brasil terá 3,3 pessoas com entre 20 e 60, substancialmente menos que os 5,8 atuais,

Agora tem um detalhe que certamente muitos brasileiros gostariam de saber. Em quais partes do Brasil foram feitos esses levantamentos? Quando o IBGE fala, por exemplo, na queda do número de filhos por casal, se a gente direcionar o pensamento para o sertão brasileiro, vai encontrar casais com seis ou mais filhos. Quando mais afastamos dos grandes centros urbanos, mais famílias numerosas encontramos. E nessas famílias a renda também não é como aponta as estatísticas. Pelo contrário é bem inferior porque só o marido trabalha enquanto a mulher fica em casa tomando conta das crianças. Isso se o chefe da família não estiver desempregado, porque ai a situação será pior.

(Marcos Afonso de Oliveira é Secretário Nacional de Divulgação e Comunicação da União Geral dos Trabalhadores - UGT)


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