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UGT-MG coloca corpo jurídico à disposição do aposentado


20/07/2017

A UGT-MG vai prestar a assistência jurídica necessária para que os responsáveis pela brutal agressão praticada contra o aposentado Carlos Giovani Cirilo, 63 anos, sejam exemplarmente punidos; e ele, devidamente indenizado. 

 

O compromisso foi reafirmado na segunda-feira, 17.07, durante reunião realizada na sede da central ugetista. Já convalecido, o aposentado esteve na UGT-MG a convite do presidente, Paulo Roberto da Silva.

 

Carlos Giovani conversou com o assessor jurídico Felipe Martins Ribeiro para repassar informações sobre o tiro que levou no rosto durante a manifestação em Brasília, no dia 24 de maio, em protesto às reformas do governo Temer. As lembranças são vagas, mas o desejo de que justiça seja feita cresce a cada dia.

 

Também participou do encontro o diretor da central, Eduardo Sérgio Coelho, que viajou de Belo Horizonte para Brasília a fim de acompanhar de perto o tratamento prestado ao aposentado pelo Hospital de Base.

 

Carlos Giovani disse ter sido atingido a queima-roupa quando voltava ao ônibus para buscar remédios e fugir do tumulto que tomou conta da Esplanada dos Ministérios. “Atiraram de propósito, a poucos metros de distância. Não foi bala perdida. Senti o impacto e depois não vi mais nada”, disse. “No meio de tanta gente, tinha que ser logo eu?”, questionou.

 

Dores constantes e fraqueza

 

Ele ficou internado por 16 dias no Hospital de Base, grande parte desse tempo em coma induzido e com o estado clínico considerado crítico. No dia 29/05 passou por cirurgia de reconstrução dos ossos da face, que foram severamente danificados pelo disparo. O projétil continua alojado em seu corpo.

 

“Sinto fraqueza e muita dor de cabeça”, relatou o aposentado. Ele sente dor também no local da cirurgia e os dentes ainda estão danificados em função da agressão sofrida. Com isso, tem tido dificuldades para mastigar e consumido basicamente alimentos pastosos, como sopas e mingau. Emagreceu muito desde então.

 

Capacidade reduzida

 

Em função das dores, Carlos Giovani deixou de fazer os “bicos” que o ajudavam a complementar a renda, como pinturas de paredes e serviços gerais. Ele é funcionário público estadual aposentado do Pronto Socorro João XXII, de Belo Horizonte, onde trabalhava no setor de manutenção.

 

Com base nos relatos do aposentado, de conversas posteriores com familiares e demais envolvidos no episódio e de pesquisas complementares, a assessorial jurídica da UGT-MG irá orientá-lo sobre os termos da ação a ser movida. 

 

Apoio constante

 

A UGT-MG tem prestado apoio constante ao aposentado e familiares desde a ocorrência do lamentável episódio. 

 

Custeou passagens aéreas e estadias para os parentes de Carlos Giovani em Brasília, acionou organismos de direitos humanos, cobrou responsabilidades da polícia do Distrito Federal, exigiu uma postura firme do governo de Minas e levou o caso à imprensa, entre outras ações.

 

Visitas

 

No dia 10 de julho, o presidente da central ugetista mineira, Paulo Roberto da Silva, fez uma visita fraterna e de solidariedade ao aposentado, na casa dele. Levou roupas, agasalhos e um pouco de ajuda financeira. 

 

“Ele é um trabalhador, homem do povo, simples, jamais um baderneiro como a polícia quis fazer parecer. Estava pacificamente exercendo o direito de se manifestar e quase morreu por isso. A UGT-MG deu e continuará dando todo o apoio necessário para que esse crime não fique impune”, disse Paulo Roberto.

 

No HPS

 

Antes, os diretores Eduardo Sérgio Coelho e Geraldo Anatólio também foram levar solidariedade e apoio ao aposentado em duas ocasiões: primeiro no Pronto Socorro João XXIII (onde chegou transferido no dia 8 de junho) e depois na casa dele, quando liberado depois do período de observação.

 

Carlos Giovani é membro da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais (ASTHEMG) e viajou para Brasília na caravana da UGT-MG, a fim de participar da manifestação contra as reformas do governo. 

 

O episódio deixou sofrimento e dores profundas, mas não reduziu o desejo do aposentado de continuar lutando por um país melhor e justo para todos. “O pessoal de Brasília sustenta até hoje que é bala de borracha. Já fui do Exército e sei exatamente o que é uma bala de verdade”, disse o aposentado, que é separado e pai de três filhos já adultos.

 

 

Fonte: UGT Minas Gerais


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