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10 de outubro - Dia Mundial da Saúde Mental


07/10/2009

O termo 'doença mental' ou trastorno mental engloba um amplo espectro de condições que afetam a mente. Doença mental provoca sintomas tais como: desequilíbrio emocional, distúrbio de conduta e enfraquecimento da memória. Algumas vezes, doenças em outras partes do corpo afetam a mente. Outras vezes, desconfortos escondidos no fundo da mente, podem desencadear outras doenças do corpo ou produzir sintomas somáticos.

As perturbações psiquiátricas são muito diversas nas suas manifestações, tanto nas vivências como nos comportamentos. Receios irracionais vividos com grande dramatismo, estados de tristeza intensa e profundo desânimo, experiências fora do normal, estranhas para o próprio e para os outros, revelam a complexidade da mente humana e a sua fragilidade.

O Dia da Saúde Mental foi estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com o propósito de mudar nossa forma de ver as pessoas com doenças mentais. Em todo o mundo, um bilhão de pessoas sofrem de doenças mentais e transtornos neurológicos no mundo todo, segundo um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Algumas das doenças mentais mais comuns são as esquizofrenias, Alzheimer, epilepsias e alcoolismos. A OMS trabalha para melhorar a qualidade de vida dos doentes mentais, bem como de seus familiares e de todas as pessoas ao seu redor.

As notícias positivas são que tratamentos adequados e de bom custo-benefício estão disponíveis, e que soluções para lidar com os problemas de desordens mentais existem.

Transtornos mentais são reais, diagnosticáveis, comuns e universais. Se não tratados, podem produzir sofrimento e graves limitações nos indivíduos, além de perdas econômicas e sociais. Prevenção e tratamento são possíveis, mas muitas pessoas não são corretamente tratadas. Uma política nacional bem definida e programas de promoção de saúde mental e controle dos referidos transtornos são soluções plausíveis e eficazes para a população.

Novas oportunidades estão surgindo para entender o funcionamento cerebral. Investimentos em pesquisas, as neurociências e as ciências sociais, abrirão novas frentes para se entender e cuidar de pessoas que tenham transtornos mentais. Colaboração internacional em pesquisa e treinamento têm importância vital para desenvolvimento de programas de saúde mental em todos os países.

Saúde Mental como prioridade: melhoria dos serviços com participação social e cidadania

No Brasil, a Área Técnica de Saúde Mental do Ministério da Saúde propõe o debate sobre a ampliação do acesso à atenção, com foco nas ações da saúde mental na atenção primária e na organização das redes articuladas de saúde. Na oportunidade será realizado um debate sobre o tema, bem como serão apresentadas algumas experiências exitosas de municípios brasileiros que lidam com esses desafios de formas mais efetivas.

Em inúmeras regiões do Brasil, já não são mais as doenças infecciosas os maiores problemas sanitários. As doenças crônico-degenerativas e as mentais representam o maior fardo social e econômico, segundo estudos da OMS. A saúde mental mostrou ser de grande preocupação dessa instituição, já que o Dia Mundial da Saúde de 2001 elegeu o assunto como pauta, sob o mote: Excluir, não. Cuidar, sim".

O Brasil - precisamente a psiquiatria e o movimento de saúde mental - adquiriu incontestável liderança latino-americana e respeitável renome internacional. A participação do governo brasileiro em reuniões que resultaram na Declaração de Caracas de 1990, sobre a reforma psiquiátrica, e a adoção da Resolução CD40-R19 do Conselho Diretivo da OPAS, sobre cuidados de saúde mental, confirma que a posição das bases tem o respaldo das mais altas autoridades sanitárias do país.

Estamos profundamente preocupados - e com razão - com as mortes provocadas pelas guerras, homicídios, terrorismo e outras formas de violência. Contudo, as mortes por suicídio e os fatores que levam a este estão longe de suscitar a atenção suficiente. Há cerca de um milhão de suicídios todos os anos. Se a este número acrescentarmos as numerosas tentativas de suicídio, podemos compreender a dimensão real deste problema de saúde pública e a tragédia humana que causa e afeta, no total, 10 milhões de pessoas.

É animador saber que, hoje, compreendemos melhor os comportamentos suicidas. Isto deveria ajudar-nos a evitar muitas mortes desnecessárias, a proteger as pessoas em risco e a apoiar as famílias que perderam um ser querido.

Um dos principais fatores de risco, no caso do suicídio, é a presença de distúrbios mentais, como a depressão ou a esquizofrenia. Outro é uma tentativa de suicídio anterior, que torna mais urgente a necessidade de garantir uma ajuda rápida e eficaz aos que dela precisam. Mas, apesar de existirem maneiras eficientes e pouco dispendiosas de tratar estes distúrbios, nem todos os que precisam têm acesso a elas. A falta de pessoal qualificado e de medicação é agravada pela ignorância sobre os distúrbios mentais e os comportamentos suicidas bem como pelos estigmas a eles associados.

Se não forem tratadas, as doenças mentais podem ser fatais. Uma das melhores formas de reduzir o catastrófico impacto do suicídio é procurar resolver dentro da comunidade distúrbios mentais que estão intimamente ligados a ela. Neste Dia Mundial da Saúde Mental, prometamos agir inspirados por esta idéia. Prestemos ao suicídio a atenção que merece.

O tema principal do Dia Internacional da Saúde Mental, a coexistência de doenças físicas e mentais, reflete bem a realidade da experiência das pessoas.

Apesar de tendermos a considerar cada doença isoladamente, as pessoas são, com frequência, afetadas por múltiplas enfermidades. Para muitos, sofrer de uma doença mental e física ao mesmo tempo é o mais comum. Esta realidade é especialmente prejudicial para certos setores da população como as pessoas idosas e os pobres, uma vez que as doenças tendem a aumentar e a agravar-se com a idade e em consequência de condições de vida desfavoráveis. A explosão mundial do HIV/AIDS (VIH/SIDA), o ressurgimento de causas de mortalidade como a tuberculose e o aparecimento de novas infecções sublinharam a relação entre doenças físicas, por um lado, e depressões, por outro. Daqui resultam outras complicações, uma vez que, em algumas pessoas afetadas por uma doença física, uma perturbação mental não só aumenta o grau de sofrimento como as tornam menos capazes de manter um tratamento.

É evidente que, ao tratar uma doença, obteremos melhores resultados considerando o indivíduo como um todo, em vez de cuidarmos apenas de partes desse todo. Este fato requer que os que prestam cuidados de saúde - mental e física - trabalhem conjuntamente, concentrando as suas responsabilidades e pontos fortes individuais numa ação de cooperação.

Neste Dia Internacional de Saúde Mental, assumamos o compromisso de tratar as pessoas e não apenas algumas partes delas.

POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL

BREVE HISTÓRICO

A internação de pessoas portadoras de transtornos mentais no Brasil remonta à metade do Século XIX. Desde então, atenção aos portadores de transtornos mentais foi quase sinônimo de internação em hospitais psiquiátricos especializados.

Cabe ressaltar ainda que a oferta desse atendimento hospitalar concentrou-se nos centros de maior desenvolvimento econômico do país, deixando vastas regiões carentes de qualquer recurso de assistência em saúde mental.

A partir dos anos 70, têm início experiências de transformação da assistência, pautadas no começo pela reforma intramuros das instituições psiquiátricas (comunidades terapêuticas) e mais tarde pela proposição de um modelo centrado na comunidade e substitutivo ao modelo do hospital especializado.

Com a proclamação da Constituição, em 1988, cria-se o Sistema Único de Saúde (SUS) e são estabelecidas as condições institucionais para a implantação de novas políticas de saúde, entre as quais a de saúde mental.

Consoante com diversas experiências de reforma da assistência psiquiátrica no mundo ocidental, e as recomendações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) contidas na Carta de Caracas (1990), o Ministério da Saúde, a partir da década passada, define uma nova política de saúde mental que redireciona paulatinamente os recursos da assistência psiquiátrica para um modelo substitutivo de base comunitária. Incentiva-se a criação de serviços em saúde mental de atenção comunitária, pública, de base territorial, ao mesmo tempo em que se determina a implantação de critérios mínimos de adequação e humanização do parque hospitalar especializado.

O QUE É A REFORMA PSIQUIÁTRICA?

· É a ampla mudança do atendimento público em Saúde Mental, garantindo o acesso da população aos serviços e o respeito a seus direitos e liberdade

· É amparada pela lei 10.216/2001, conquista de uma luta social que durou 12 anos

· Significa a mudança do modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio na família e na comunidade

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