22/01/2017
Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho, se reuniu com as centrais sindicais na tarde desta sexta-feira, 20 de janeiro.
Pressionado pelos dirigentes das centrais, o ministro aceitou debater o projeto de reforma trabalhista, uma vez que, para os sindicalistas, alguns pontos não vão ao encontro dos interesses do trabalhador. Muito pelo contrário: podem trazer grandes prejuízos a ele, pois atende ao setor patronal.
Segundo Canindé Pegado, secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), não adianta querer agir de forma acelerada. É preciso debater e pensar no trabalhador. “Uma central como a UGT, que é a segunda maior do Brasil e tem mais de 1300 sindicatos filiados, tem uma responsabilidade muito grande com a sua base. Precisamos de prazo. Por isso enviamos uma carta ao presidente Michel Temer pedindo para que não dê o caráter de urgência urgentíssima constitucional à votação do projeto de reforma trabalhista. Insistimos em dizer que há um negociado sobre o legislado embutido nessa proposta quando existe, por exemplo, a possibilidade de se negociar jornada de trabalho, flexibilização de férias, banco de horas, entre outras coisas. Isso mexeria com direitos já adquiridos pelos trabalhadores. Precisamos de mais tempo para discutir cada ponto dessa proposta, sempre priorizando o trabalhador”, disse Pegado.
Diante da pressão das centrais, o ministro aceitou negociar vários pontos do projeto e disse estar disposto a se reunir e discutir com as centrais. “Eu não quero conflito com os trabalhadores”, declarou Ronaldo Nogueira. A reunião com o miniustro do trabalho e dirigente das seis centrais sindicais aconteceu na tarde dessa sexta-feira, na sede do Dieese em São Paulo.
UGT - União Geral dos Trabalhadores