09/09/2016
A União Geral dos Trabalhadores (UGT), entidade que representa 1.310 sindicatos e 10 milhões de trabalhadores, está indignada com as propostas de reforma trabalhista que foram divulgadas na quinta-feira (8), pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira e contemplam a ampliação da carga horária de trabalho para até 12 horas diárias, além da inclusão de contratos por produtividade e por horas trabalhadas.
“As mudanças são radicais de mais, foram elaboradas e apresentadas sem levar em conta a opinião dos trabalhadores e, acima de tudo, representa uma grave precarização as condições de emprego e colocam em risco a saúde dos profissionais”, disse Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.
O líder ugetista enfatizou que o momento de recessão econômica, em hipótese alguma pode ser usado como pretexto para a retirada de direitos adquiridos, há muito tempo, pelos trabalhadores.
“Parece que o governo Temer é composto por empresários. Parece que o empresariado tomou o poder e quer colocar tudo na conta dos trabalhadores”, afirmou Patah.
Segundo Patah, antes de mexer em direitos dos trabalhadores, o governo deveria fazer sua lição de casa e levar a cabo a reforma da administração pública, com vistas a economia dos gastos. “Olha o salário médio de um trabalhador e compara com o de um parlamentar, um ministro ou um juiz”, criticou.
UGT - União Geral dos Trabalhadores