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Mesmo com Copa do Mundo e eleições, 2014 teve pior crescimento da receita do comércio desde 2009


26/08/2016

A Copa do Mundo e as eleições presidenciais não foram suficientes para dar fôlego ao comércio brasileiro em 2014. Com 7,3% de alta, o crescimento da receita do setor foi o menor desde 2009 quando, em meio à crise econômica mundial, o índice registrou 4,4% de aumento. Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), realizada pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), e já mostravam sinais de desaceleração da economia brasileira.

 

Em 2014 havia 1,6 milhão de empresas no setor, que movimentaram R$ 3 trilhões em receita operacional líquida. Segundo o IBGE, a alta de 7,3% ante 2013 foi impulsionada, principalmente, pela receita do atacado. Já o crescimento de 3,3% no número de pessoas empregadas - que atingiu 10,7 milhões de trabalhadores - e de 8,1% na massa salarial - que chegou a R$ 186,3 bilhões pagos em salários, - foram impulsionados pelo varejo.

 

Luiz Andrés Paixão, gerente da pesquisa realizada pelo IBGE, explica que o crescimento do setor foi impactado positivamente pela Copa, mas devido ao começo da crise econômica, esse efeito não foi tão grande. "Os resultados de 2014 mostram que o comércio cresceu menos, ainda não foi um ano tão ruim, mas fica claro uma perda de dinamismo apesar de ter tido eleição e eventos", analisa. 

 

Mesmo com a desaceleração, o gerente apontou o comércio varejista como um dos principais beneficiados pela Copa e pelas eleições. Em 2014, o varejo aumentou de 42,5% para 43,4% sua participação no total da receita operacional líquida do setor e respondeu por 73,7% das pessoas ocupadas e por 62,9% da massa salarial. 

 

A participação do atacado na receita total caiu de 44,6% para 44,4%, mas ainda é o principal responsável pelo crescimento de 7,3% das receitas em 2014. As empresas atacadistas representam 12% do comércio e são responsáveis por 26,6% da massa salarial do setor. Já o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas representa 9,2% das empresas, 10,5% dos salários e 12,2% da receita total do setor. 

 

Emprego. O comércio brasileiro empregou 10,7 milhões de pessoas em 2014, em 1,6 milhão de empresas - 3,3% a mais do que em 2013 -, informou a Pesquisa Anual de Comércio (PAC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os comércios com até 19 funcionários foram responsáveis por 5,7 milhões de trabalhadores, mais da metade do total. Em 2014, essas companhias representavam 96,3% das empresas do setor e respondiam por R$ 70,9 milhões dos salários e remunerações, o equivalente a 38,1% do total. 

 

As empresas que ocuparam 500 ou mais pessoas foram as que registraram as maiores receitas operacionais líquidas: R$ 949,9 bilhões, 31,8% do total de R$ 3 trilhões. Os negócios que empregam até 19 pessoas foram responsáveis por 27,1%, com R$ 808,4 bilhões de receita gerada. 

 

Varejo. Em 2014, o salário médio dos empregados do comércio era de R$ 1340, 4,7% maior do que o registrado em 2013. O destaque foi o comércio varejista, que teve crescimento de 6,8%. No entanto, o segmento apresentou o menor salário médio mensal: R$ 1143. O ramo atacadista registrou a maior média, com R$ 2058, seguido do comércio de veículos automotores, peças e motocicletas, com R$ 1574. 

 

O varejo também foi o responsável pela maior parte de salários, retiradas e outras remunerações, com R$ 117,2 bilhões - 62,9% do total. O comércio por atacado representou 26,6% e o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas, 10,5%. Em comparação com 2013, a massa salarial do comércio apresentou um crescimento real de 8,1%.

 

A representatividade do comércio varejista na massa salarial está relacionada ao fato de o segmento representar, em 2014, 78,8% das empresas do comércio, com 1,3 milhão de estabelecimentos, e empregar 7,9 milhões de pessoas. No mesmo período, o ramo atacadista representava 12% das empresas do comércio; já as empresas que atuaram majoritariamente no comércio de veículos automotores, peças e motocicletas representaram 9,2% do total das empresas comerciais.

 

Os hipermercados e supermercados foram os principais empregadores do ramo varejista, com 1,2 milhão de pessoas ocupadas e R$ 19,9 bilhões de massa salarial.

 

Fonte: Estadão

 


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