21/06/2016
A Federação dos Empregados no Comércio de Bens e de Serviços do Norte e do Nordeste (FECONESTE), entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores (UGT), realizou nesta segunda-feira (20), em Recife, PE, o lançamento da “Campanha Pelo Piso Salarial Nacional Já!”.
O evento contou com a presença de Ricardo Patah e Gustavo Walfrido, respectivamente, presidentes das UGTs nacional e Estadual Pernambuco que, assim como os demais representantes de diversas entidades de luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do comércio da região, foram recebidos pelo presidente da FECONESTE, Valmir Almeida Lima.
“Protagonizar a lutar pela implantação de um piso salarial digno no Brasil é, também, ampliar as ações sindicais em defesa dos trabalhadores do comércio, uma vez que, com isso, buscamos minimizar a problemática da má distribuição de renda do nosso país e visamos aumentar o poder de compra da população, o que aquece o mercado interno e gera empregos no setor”, explica Valmir.
Para uma plenária composta por líderes sindicais de várias regiões do norte e nordeste do país, Ricardo Patah explicou que atualmente estamos vivendo momentos delicados diante da atual conjuntura política. A bancada trabalhista perdeu força no Congresso Nacional e muitas são as propostas para retirada de direitos dos trabalhadores, como as que abordam a Terceirização ou a Reforma da Previdência.
“A UGT não é contra a terceirização, somos a favor da sua regulamentação, mas não da maneira eu está proposta no Projeto de Lei 4330/2004, que atualmente tramita no Senado como Projeto de Lei da Câmara nº 30 de 2015, que simplesmente rasga a CLT e acaba com toda e qualquer forma de relação trabalhista”, diz Patah.
Ricardo ressaltou também que apesar de o governo Temer ser interino, as medidas aprovadas hoje pelo congresso serão permanentes, por isso a UGT está discutindo amplamente, em todas as esferas governamentais, essas propostas que em nenhum momento levam em consideração a saúde e o bem estar da população brasileira, é o caso da tal reforma da previdência, que é extremamente danosa para a população, principalmente para a parcela mais pobre, que entra no mercado de trabalho cada vez mais cedo e sofrerá, principalmente, com a medida que estipula idade mínima para aposentadoria.
As mulheres também serão muito prejudicadas caso seja aprovada a unificação da idade de aposentadoria com os homens. “Em pleno século 21, elas ainda sofrem assédios moral e sexual, recebem salários inferiores ao dos homens e, como se não bastasse isso, realizam duplas ou triplas jornadas de trabalho. Diante disso é impossível pensar em unificar a idade de aposentadoria entre homens e mulheres”, conclui Ricardo.
por Fábio Ramalho - imprensa UGT
UGT - União Geral dos Trabalhadores