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ARTIGOS

Ricardo Patah
Presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores - UGT


Brasil atrasado na revolução 4.0


05/07/2019

Estamos atrasados. Mas ainda dá tempo. A revolução 4.0 está revolucionando o mundo. Aqui no Brasil apenas 2% do parque fabril está metido nisso, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Só um exemplo, para entendermos como as coisas vão mudar. As empresas atuais deixarão de existir.

 

 

A maioria, pelo menos. No livro A Armadilha da Globalização, dos jornalistas Peter Martin e Harald Schumann, temos uma ideia do que pode acontecer. Vejam só o que eles afirmam, falando pelos empresários: “contratamos nossos empregados por computador, eles trabalham por computador e são despedidos por computador. E todos têm que ter uma ótima formação profissional.”.

 

 

A 4.0 permitiu, recentemente, que o “Buraco Negro” fosse fotografado, pela primeira vez, pela formulação de um algoritmo-chave, a 55 milhões/anos-luz.

As crianças nascidas em 2017 talvez nunca dirijam um carro e deverão usar robôs para as tarefas cotidianas. Aqui no Ceará, se no Brasil o futuro sumiu da Praça dos Três Poderes, em Brasília, temos uma grande vantagem: as escolas do nosso Estado têm-se destacado nas avaliações da qualidade de ensino, ocupando as primeiras colocações quando o assunto é ensino fundamental. Essa é uma vantagem fantástica.

 

 

A União Geral dos Trabalhadores (UGT), entidade que presido, fez, recentemente, três mutirões de emprego. E saibam, vocês leitores, qual foi o grande problema: o ensino fundamental de baixa qualidade. Isso mesmo. As empresas ofereciam vagas para caixa de supermercado, por exemplo, com salários na faixa de R$ 1.200. Exigiam ensino fundamental completo nos dois primeiros mutirões.

 

 

Das 5.800 vagas oferecidas, só 3.500 foram preenchidas. E isso em São Paulo, o estado mais rico do País e com grande desemprego. No terceiro mutirão, feito agora em março de 2019, exigiu-se o ensino médio completo.

 

 

Pior, das 6 mil vagas oferecidas, apenas 1.307 foram preenchidas até agora. Essa deficiência no ensino precisa ser resolvida, pelo menos no curto prazo, com cursos de qualificação profissional, especialmente no mundo digital.

 

 

O estado do Ceará leva grandes vantagens sobre os demais, por causa de seu eficiente ensino fundamental, exigência básica da revolução 4.0, segundo os autores da Armadilha da Globalização.




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