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Discutidas e pautadas as demandas das mulheres negras ao longo de quatro anos, quando, em 2011, começaram as discussões sobre a organização da Marcha das Mulheres Negras, é chegado o momento de marcar um posicionamento político.  A participação das mulheres trabalhadoras é fundamental. Daí, o necessário envolvimento do Movimento Sindical na manifestação que pretende dizer para o governo, no dia 18 de novembro, em Brasília, que existem equívocos na implementação das políticas de saúde, educação, moradia e tantas outras que acabam refletindo na vida das mulheres.

Esta foi a tônica da reunião convocada pela Secretaria da Diversidade Humana da UGT, nesta segunda-feira, 18, com o intuito de promover o engajamento das lideranças sindicais nas discussões e mobilização de trabalhadoras e trabalhadores para a Marcha das Mulheres Negras.

Secretário Geral da União Geral dos Trabalhadores do Rio (UGT-RJ), Álvaro Garcia Sanches, na ocasião representando o presidente Nilson Duarte Costa, falou sobre o papel da UGT de apoiar todas as iniciativas que beneficiem a classe trabalhadora. “Nos organizamos para fazer a representação dos trabalhadores. Lutamos pela igualdade, independente de partidos políticos, de raça. Esse é o papel da UGT”, destacou ele, recordando a campanha promovida, no ano passado, pela saúde do homem, e a união das centrais sindicais em torno de questões pontuais como a marcha, entre outras.

“O Movimento Sindical vai marchar com as propostas das mulheres negras”

Secretária da pasta, Ana Cristina dos Santos Duarte traçou um panorama das mobilizações nos estados, da atuação das centrais sindicais no processo, em particular da UGT. “O Movimento Sindical vai marchar com as propostas das mulheres negras”, garantiu ela, anunciando  o apoio de organizações como o Inspir (Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial) e a AFL CIO (Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais).

Secretária de Organização e Políticas Sindicais da UGT-RJ e integrante do Fórum Nacional de Mulheres Negras (FNMN), uma das organizações que formatam a marcha, Clátia Regina Vieira falou sobre a entrada do Movimento Sindical na discussão da marcha, em 2014.

“O Sindicalismo está avançando porque hoje não discute apenas questões salariais. Os sindicatos têm agora secretarias da mulher, da saúde, racial. O Movimento Sindical está preocupado com o trabalhador dentro e fora do trabalho”, destacou ela, comentando, ainda, que as centrais entenderam a importância de entrar na marcha com grande participação de mulheres negras e não negras.

“Somos protagonistas nesse processo”

“A UGT do Rio, na figura do presidente Nilson, aqui representado pelo secretário Geral Álvaro, está de parabéns. É muito importante ouvir dos companheiros seu apoio, saber que estão aqui para ouvir o que temos para falar. A UGT-RJ não está apenas apoiando. A UGT-RJ vai marchar”, afirmou ela, pontuando: “Somos protagonistas nesse processo”.

A falta de interesse político nas questões relativas ao trabalhador,  a proposta de organizar uma caravana para maior mobilização, a participação da Federação de Mulheres Fluminenses na marcha também foram questões abordadas na reunião.

Reunião definirá calendário de atividades do Rio

No próximo dia 23, a organização da Marcha das Mulheres Negras se reunirá para discutir o calendário de atividades do Rio de Janeiro para ampliar a mobilização para a manifestação de novembro. O encontro será das 10h às 14h no SindsPrev (Rua Joaquim Silva, 98, atrás da Sala Cecília Meireles, na Lapa).