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Ásia tem 8.000 imigrantes à deriva no mar


15/05/2015

Até 8.000 imigrantes de Mianmar e de Bangladesh foram abandonados em alto-mar por traficantes de pessoas e barrados ao tentar chegar a países como Tailândia, Malásia e Indonésia, relatou a OIM (Organização Internacional para as Migrações).

 

O número lança luz sobre o drama das migrações clandestinas na Ásia --na Europa, estima-se que 1.800 imigrantes da África já tenham morrido neste ano na tentativa de cruzar o mar Mediterrâneo.

 

A rede BBC revelou que 350 imigrantes da minoria muçulmana rohingya, perseguida em Mianmar, tiveram acesso à Tailândia negado e estão há uma semana em um barco à deriva no mar de Andaman.

 

Até esta quinta (14), quando helicópteros tailandeses jogaram suprimentos perto da embarcação, os migrantes estavam sem água e comida. Alguns tiveram de beber a própria urina. Os corpos de dez pessoas que morreram no barco foram lançados ao mar.

 

A Malásia, por sua vez, disse ter mandado de volta, com provisões, um barco com 500 pessoas que se aproximava do norte do país. Outra embarcação, com 300 pessoas, virou perto da ilha malaia de Langkawi, segundo autoridades que falaram sob anonimato à agência Associated Press.

 

Nesta terça (12), seguindo uma decisão de um tribunal em Jacarta, a Indonésia também rebocou um barco com centenas de imigrantes para fora de suas águas territoriais.

 

"O que querem que façamos? Tratamos bem as pessoas que invadiram nossas fronteiras, mas não podemos receber uma multidão inundando nossa costa", disse o vice-ministro do Interior da Malásia, Wan Junaidi Jafaar.

 

O premiê tailandês, o general Prayuth Chan-ocha, também alegou que seu país não tem recursos para receber os refugiados. "Se aceitarmos todos, todo mundo que quiser vir o fará livremente. Pergunto se a Tailândia poderia cuidar de todos eles. De onde viria o orçamento?", indagou.

 

A Human Rights Watch acusou Tailândia, Indonésia e Malásia de "jogar pingue-pongue com seres humanos". "É uma crise humanitária grave, que demanda resposta imediata. Há vidas em jogo", afirmou Matthew Smith, diretor da ONG Fortify Rights.

 

PERSEGUIÇÃO

A crise no Sudeste Asiático se intensificou desde que a Tailândia adotou regras mais rígidas para a imigração. Com a repressão regional, os contrabandistas têm se recusado a levar as pessoas para a terra e abandonam os barcos.

 

Apesar da repressão, quatro dias atrás, aproximadamente mil refugiados chegaram à ilha de Langkawi, e outros 600 aportaram clandestinamente na Indonésia.

 

Mianmar recusa-se a dar cidadania aos rohingya, cerca de 1,3 milhão numa população de quase 52 milhões. A perseguição no país levou mais de 120 mil deles a emigrarem nos últimos três anos.

 

A Malásia, que não é signatária de convenções sobre refugiados, abriga mais de 150 mil, a maioria deles de Mianmar --45 mil são rohingya.

 

Fonte: Folha de S.Paulo

 

 


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