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Trabalhadores discutem a terceirização com o senador Crivella


11/05/2015

Convidado pela direção da União Geral dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (UGT-RJ) para falar sobre os efeitos da terceirização na vida dos trabalhadores, o senador Marcelo Crivella esteve na sede da central sindical, no Centro do Rio, na última sexta-feira, 8.

 

“Aqui, senador, está presente a nata do movimento sindical, com lideranças expressivas dos mais diversos setores da economia brasileira. Queremos falar sobre nosso sentimento em relação ao Projeto de Lei da Terceirização (PL 4.330), sobre as MPs que tramitam no Distrito Federal e que prejudicam a classe trabalhadora”, esclareceu o presidente da UGT-RJ, Nilson Duarte Costa.

 

Nilson também expressou o sentimento dos trabalhadores em relação às lutas empreendidas pelo senador em favor do cidadão do estado e daí a unânime decisão da diretoria na escolha de seu nome para participar do debate com os trabalhadores representados pela UGT.

 

Integrante do corpo jurídico da UGT-RJ, Temístocles Barros traçou um panorama sobre a terceirização, lembrando que este movimento nasceu já na Idade Média 

Não teremos condições de definir as categorias econômicas

 

Segundo Temís, os Estados Unidos é quem discutiam essa questão como terceirização, em vez de subcontratação. “Do jeito que o projeto foi aprovado não teremos condições de definir as categorias econômicas. Sem as datas-bases, por exemplo, vários conceitos jurídicos deverão ser revistos”, garantiu ele, afirmando que “a aprovação do PL do jeito que está, representará um marco histórico da relação de trabalho e de consumo de toda a sociedade. A UGT quer discutir essa relação”.

 

Falando em nome dos invisíveis, ou seja, das classes de trabalhadores que têm desconsiderada a relevância das atividades desenvolvidas, e das mulheres, o presidente do Sindicato do Asseio, Antônio Carlos e a vice-presidente do Sindicato dos Empregados em Instituições Filantrópicas, Clátia Vieira, respectivamente, também apresentaram seus pontos de vistas com relação ao tema. 

 

Secretária de Organização e Políticas Sindicais da UGT-RJ, Clátia sugeriu ao senador um novo encontro para discutir outros temas, dentre eles as MP 664 e 665 apresentadas pelo governo como solução para o ajuste econômico.

 

Afinal, o poder emana do povo

 

“Nós trabalhadores precisamos estar perto do Legislativo para que possamos demandar. Afinal, o poder emana do povo”, disse ela sob aplausos. “Queremos saber, na prática, o que podemos fazer com a pessoa do senador Crivella. Nossas perdas e ganhos, as perdas das mulheres, dos jovens”.

 

Crivela explicou a dinâmica de funcionamento do Congresso Nacional, criticando o desinteresse do empresariado nas questões relativas aos trabalhadores e, neste particular, a descabida preferência por pagar os 30% para as empresas terceirizadas, abrindo mão das negociações com os empregados e seus representantes.

Segundo Crivella, a terceirização vem num momento de crise, por isso as empresas vão tentar manter o seu lucro, diminuindo os contratos com os fornecedores e o pagamento da mão de obra. “Precisamos estar atentos a isto, pois o governo já está fazendo uma reforma fiscal pesada contra o trabalhador, ainda vem as empresas querendo terceirizar a mão de obra. No final, vai sobrar muito pouco pra gente” alertou ele.

 

Os fracos só se tornam fortes unidos

 

De acordo com o senador, existe, na Câmara dos Deputados uma pressão maior por parte do capital. “Já no Senado Federal, onde o mandato é mais longo, as pessoas têm mais idade, a mão de obra fala mais alto”, garantiu ele, lembrando que, no Rio de Janeiro, não existia sindicato de rodoviários, mas sindicatos de donos de empresas. 

“Foi uma luta minha, do ex-presidente Lula e o então ministro Lupi (do Trabalho). Se você terceirizar, vai acontecer que metade dos motoristas vai para uma firma de terceirização; a outra metade para outra; e o cobrador para outra. Então não vai ter um sindicato único para fazer uma greve, para parar, para negociar uma garantia, porque eles vão estar divididos. Os fracos só se tornam fortes unidos”, concluiu ele, afirmando que a classe empresarial precisa investir junto com o governo. “Aí, sim, começaríamos a movimentar nossa economia”.

 

 


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