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Taxa de juros vai subir mais, indica BC


08/05/2015

Após elevar Selic em 0,5 ponto para 13,25%, instituição afirma que deve continuar vigilante em relação à inflação

 

Preços subiram 8,1% em 12 meses até março; sinalização faz dólar recuar pelo terceiro dia seguido, em 0,35%

 

O Banco Central indicou que o ciclo de aumento dos juros não terminou na semana passada, quando a taxa básica Selic subiu de 12,75% para 13,25% ao ano.

 

Na ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), a instituição afirma que os avanços no combate à alta dos preços ainda são insuficientes --a inflação em março alcançou 8,13% em 12 meses, acima do teto da meta do BC (6,5%).

 

O BC diz ainda que a política monetária deve se manter "vigilante", palavra utilizada para sinalizar que é grande a possibilidade de mais aperto na taxa de juros.

 

Essa sinalização da instituição colaborou para que, pelo terceiro dia seguido, o dólar fechasse em queda. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, recuou 0,35%, cotado a R$ 3,047.

 

Uma taxa Selic mais alta torna o investimento no país mais atrativo para investidores estrangeiros. E, com mais dólar no mercado interno, a cotação do dólar tende a cair.

 

Para o BC, a alta do dólar e das tarifas públicas em março e abril levou a uma piora no cenário para a inflação em 2015. Mas é possível agir para que esses aumentos não contaminem os índices de preços no próximo ano.

 

O Copom não deu sinais, porém, se, como nas últimas quatro altas, vai elevar os juros em 0,50 ponto percentual na sua reunião do mês que vem ou se vai reduzir o ritmo de aperto para 0,25 ponto, o que vai depender do comportamento dos preços até lá.

 

Nem mesmo a desaceleração da economia é vista pelo BC como um sinal de que está na hora de encerrar o ciclo de alta de juros. A instituição reconhece que houve uma piora no mercado de trabalho, mas afirma que ainda há risco significativo de aumentos de salários acima do crescimento da produtividade, com impacto sobre a inflação.

 

CONFIANÇA

 

O BC disse também que, "depois de um período necessário de ajustes, o ritmo de atividade tende a se intensificar" com a melhora na confiança de firmas e famílias.

 

A meta atual do BC é trazer a inflação acumulada em 12 meses para 4,5% no fim de 2016, o que é considerado praticamente impossível pelo mercado financeiro.

 

Na ata anterior do Copom, referente à reunião de março, o BC dizia que colocaria a inflação nesse patamar "ao longo do próximo ano", meta que era considerada ainda mais difícil de se alcançar.

 

Ainda sobre a queda no ritmo da atividade econômica, o BC afirmou que o investimento tem se retraído, mas afirma que esse fato é influenciado, principalmente, por eventos "não econômicos".

 

As denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras e empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, são fatores que têm dificultado os investimentos neste ano.

 

Para o presidente do Conselho Federal de Economia, Paulo Dantas da Costa, a alta dos juros é um dos principais motivos para a queda no investimento. Por isso, ele avalia que o ciclo de alta deveria ser encerrado. "Essa política compromete o investimento e encarece a dívida pública", afirmou.

 

Fonte: Folha de S. Paulo


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