17/04/2015
A greve dos trabalhadores da limpeza urbana demorou mas valeu a pena. Após o julgamento do dissídio coletivo, a vitória da categoria foi retumbante e servirá de exemplo de persistência e luta para os profissionais de todo país.
Na quinta-feira (16) o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região julgou o processo da greve da categoria, que envolveu mais de 30 mil trabalhadores de 130 municípios do estado de São Paulo. Foram mais de três semanas de paralisação de um serviço de extrema relevância para toda sociedade.
Por meio da decisão do juiz Celso Ricardo de Oliveira, o TRT avaliou a legalidade do movimento e fixou o reajuste de 9,5% a ser recalculado sobre os salários, de modo retroativo a partir de março (data base dos municípios em pauta). Além do reajuste, a justiça garantiu 90 dias de estabilidade aos trabalhadores, e o não desconto dos dias parados. Os processos dos municípios do ABC Paulista e de Piracicaba – que tramitam separadamente – ainda não foram julgados, mas tendem à mesma decisão.
A categoria reivindicava o reajuste de 11,73%, enquanto o sindicato patronal (Selur) oferecia, inicialmente, apenas 6,5 %. “Apesar das diversas perseguições que sofreram, nossos trabalhadores permaneceram unidos. Juntos mostraram forças em busca da valorização dos seus salários”, afirmou o presidente da Femaco, Roberto Santiago.
“A vitória foi retumbante e serve de exemplo de persistência e luta para todos os profissionais do país. Parabéns a todos os grevistas e a todos os sindicatos que organizaram o movimento. O trabalho e a dedicação de todos vocês foram fundamentais para esse resultado”, comemorou Roberto Santiago.
UGT - União Geral dos Trabalhadores