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Os trabalhadores no comércio supermercadista do Estado do Pará realizarão assembleia geral, logo mais, às 19 horas, na sede do Clube Monte Líbano, em São Brás, oportunidade em que decidirão se vão ou não deflagrar greve por tempo indeterminado já a partir de quarta-feira.

O presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviço dos Estados do Pará e Amapá - FETRACOM-PA/AP, Zé Francisco, diz que os patrões, em reunião na última sexta-feira, ofereceram o mesmo percentual do aumento concedido pelo governo federal ao salário mínimo.

A FETRACOM não aceita a indexação e diz que o sindicato da categoria, SINTCVAPA, que reivindicava piso salarial de 1.100 reais e aumento de 20% no geral, até aceita um aumento de 12%. Menos que isso, não dá pra sentar à mesa de negociação com o presidente da ASPAS, a Associação de Supermercados do Pará, Fernando Brito.

Na reunião ocorrida sexta-feira passada, estavam, pelo lado dos patrões, Fernando Brito, Carlos Limão, Zé do Formosa e Fernando Yamada. Não havia ninguém dos supemercados Líder e Nazaré. Pelo lado dos trabalhadores estava o próprio Zé Francisco.

Hoje, a proposta da patronal será levada ao conhecimento dos trabalhadores, assim como, a contraproposta do sindicato da categoria, o SINTCVAPA, presidido pelo companheiro Antonio Caetano, de 12%. Se os trabalhadores aceitarem a proposta dos patrões, será assinada a convenção coletiva de trabalho. Do contrário, é greve por tempo indeterminado, a exemplo do que aconteceu no começo de julho de 2013, quando todos os funcionários de supermercados se uniram e paralisaram as atividades de todas as lojas em Belém e Zona Metropolitana por três dias, quando, além de aumento de salário, conseguiram várias outras conquistas, como a redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 42 horas. Atualmente, os trabalhadores querem a redução para 40 horas semanais e tícket-alimentação de 300 reais.