10/04/2015
Enquanto o dissídio coletivo não é julgado, os trabalhadores da limpeza urbana vêm enfrentando uma série de perseguições por lutarem por melhores condições salariais. Além das ameaças da periferia, a categoria vem sofrendo represálias dos próprios patrões, e agora uma nova denúncia vem à tona: a contratação de novos funcionários, em pleno período de greve – o que é vedado pela legislação. O caso já foi parar no Ministério Público do Trabalho.
Conforme o presidente do Siemaco Araçatuba, Rosaldo de Oliveira Ribeiro, a empresa Revita Engenharia S/A, empresa da limpeza urbana que atua no município, teria contratado cerca de 20 trabalhadores em regime temporário, violando a Lei da Greve (Art. 7º, Lei Nº 7783/89). “É muito triste e lamentável ver que a empresa vem tratando o nosso povo como lixo. Os trabalhadores estão indignados com a situação, uma vez que a empresa se nega a reajustar o salário em mais 1% da proposta do sindicato patronal, mas emprega recursos na contratação de 20 substitutos”, afirma Rosaldo.
Tanto o sindicato (Siemaco Araçatuba) e a federação (Femaco) já protocolaram representação no Ministério Público do Trabalho dando conta da afronta à legislação, citando ainda que os novos trabalhadores contratados vêm realizando ameaças e provocações aos grevistas, pressionando-os ao retorno das atividades, sustentando ainda que poderão perder o emprego.
Ao que tudo indica, a Revita vem seguindo o posicionamento do Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana), não elevando a oferta de aumento salarial para além de 8,5%. Em Araçatuba, atualmente a empresa paga o piso salarial de R$ 874,43 a coletores e R$ 843,37 aos varredores.
UGT - União Geral dos Trabalhadores