25/03/2015
O número de trabalhadores na construção civil brasileira recuou 0,94% em fevereiro na comparação com janeiro. No período, foram fechadas 30,9 mil vagas.
Esse foi o quinto mês consecutivo em que o setor reduziu os postos de trabalho. Isso nunca havia ocorrido desde, pelo menos, janeiro de 2007, segundo dados do SindusCon-SP (sindicato da indústria do Estado de São Paulo) e da FGV.
Até então, três quedas seguidas --registradas entre outubro e dezembro de 2012 e entre outubro e dezembro de 2013-- havia sido o período mais longo de retração.
"A diminuição do nível do emprego está acontecendo em todos os segmentos, o que inclui o imobiliário, a infraestrutura e o programa Minha Casa Minha Vida", afirma o presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto.
A área de infraestrutura foi a que apresentou a maior queda no emprego na comparação de fevereiro de 2015 com o mesmo mês de 2014: -11,4%.
As obras de acabamento e as preparações de terreno registraram, respectivamente, retrações de 1,44% e 5,6%.
Os números mostram que os lançamentos foram reduzidos e que grande parte das construções está em fase de finalização. "Quando elas forem concluídas, o emprego despencará", diz.
"O governo precisa retomar os investimentos do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] e não pode reduzir a desoneração [da folha de pagamento das empresas]."
Ferraz Neto afirma que o setor deverá cortar 300 mil vagas até o fim do ano. No últimos 12 meses encerrados em fevereiro, 278,1 mil postos foram fechados, o que representa um recuo de 7,82%. Hoje, a indústria da construção emprega 3.276.335 pessoas.
Fonte: Folha de S.Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores