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A União Geral dos Trabalhadores (UGT) e centrais sindicais participaram, no dia 19/03, do lançamento da Campanha Nacional de Combate à Seca, organizado pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente (Fenatema), em Nazaré paulista, SP. Na ocasião, próximo ao Dia Mundial da Água, (22/03), várias árvores nativas foram plantadas nos arredores dos mananciais que formam o sistema Cantareira, com o objetivo de preservar a região, vitimada pelo desmatamento decorrente do corte ilegal das árvores do entorno das represas e nascentes.

Contra o descaso de autoridades, dos governos estaduais e federal, o movimento sindical dá seu primeiro passo, como forma de reverter o agravamento da seca. A partir da revitalização da região, as nascentes serão ativadas, melhorando a qualidade do solo, recompondo as matas ciliares e, consequentemente, equilibrando o clima das regiões de rio, represas e nascentes.

Essa campanha é uma forma de levar vida não só para o sistema Cantareira, mas também aos mananciais de todo o Brasil. E foi escolhido o dia 19, não por acaso...

Na cultura do sertanejo nordestino, quando chove no dia 19 de março, Dia de São José, a água cairá do céu várias vezes ao longo do ano, garantindo que as plantações darão boas safras. Porém, graças à degradação ambiental e à falta de investimentos no saneamento ao longo dos anos, os estados do Sudeste vêm se transformando num grande sertão em meio à crise hídrica.

O ciclo da água

A água encontrada no planeta está em constante renovação por meio do ciclo hidrológico, conjunto de etapas que acontecem espontaneamente na natureza, mas que dependem de vários fatores ambientais, como a preservação da vegetação, o clima e as condições do solo. Fundamental é o ciclo da água. Água é vida!

Nas etapas deste ciclo, a água passa pelos três estados físicos (sólido, líquido e gasoso) e a chuva é resultado de processos de evaporação e condensação da água, somando a transpiração das árvores que compões as florestas. Quando chove, abastecem-se os mananciais, os lençóis freáticos e o oceano, dando novamente início à evaporação e à continuação ao ciclo hidrológico.

Mariana Veltri – imprensa da UGT, com informações da Fenatema