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Após corte, ação da Petrobras recua 5%


26/02/2015

As ações e os títulos de dívida da Petrobras caíram quase 5% nesta quarta-feira (25), um dia após a agência de avaliação de risco Moody's retirar o chamado grau de investimento (selo de bom pagador) e classificar os títulos da estatal como especulativos (alta possibilidade de calote).

 

No Brasil, as ações chegaram a cair mais de 8%, mas reduziram as perdas ao longo do dia. Os papéis preferenciais (mais negociados e sem voto) fecharam com queda de 4,87%, a R$ 9,38. As ações ordinárias (com voto) recuaram 4,52%, para R$ 9,30.

 

Ambos os papéis lideraram as baixas do Ibovespa (principal índice da Bolsa), que fechou em queda de 0,12%.

 

O rebaixamento da Petrobras mexeu até com o mercado de câmbio, com a previsão de que fundos de investimento que não podem aplicar em papéis especulativos tenham de vendê-los e retirar recursos do país.

 

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 1,56% e voltou a R$ 2,877. O dólar comercial, usado no comércio exterior, fechou com alta de 1,23%, a R$ 2,869.

 

Nos EUA, os títulos de dívida com vencimento em 2024, um dos mais negociados, foram negociados a 91,326% do valor de emissão, segundo a Bloomberg.

 

Isso significa que os investidores pagam US$ 91,326 para cada US$ 100 dessa dívida que Petrobras pagará em 2024. Na terça, esses papéis foram negociados a 92,39% do valor de emissão. Ou seja, a percepção é que aumentou o risco de adquirir o papel.

 

O maior estrago foi visto no valor do "seguro" contra calote ("credit default swap") da Petrobras, que saltou de 571 pontos para 622,58 pontos. Para proteger US$ 10 milhões emprestados à estatal, o investidor paga agora US$ 622,58 mil.

 

Para Gustavo Magalhães, sócio da gestora Ático, o rebaixamento não pegou muita gente de surpresa.

 

Na Petrobras, a avaliação é que o rebaixamento terá pouco efeito sobre as captações externas, uma vez que ela já não contava com novos empréstimos. O temor é que aumente o mau humor do mercado e dos auditores da PwC, dificultando a aceitação do modelo que será proposto para o balanço financeiro.

 

Fonte:Folha de S.Paulo

 


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