24/02/2015
A produtividade – índice que mede quanto se produz por hora trabalhada – cresceu no Brasil 0,6% ao ano entre 2002 e 2012, o menor na comparação com outros 11 países pesquisados, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os países com produtividade superior à brasileira são: Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura, Estados Unidos, Japão, Espanha, Alemanha, França, Austrália, Canadá e Itália.
O gerente de pesquisa e competitividade da CNI, Renato da Fonseca, atribui, em parte, o resultado da pesquisa à baixa qualificação da mão de obra brasileira. “Infelizmente temos mão de obra despreparada para aprender novas tecnologias”, disse economista. Para ele, outra causa da baixa produtividade do país é a taxa de investimento inexpressiva. “Desde 2010, a economia brasileira praticamente não cresce.”
Na pesquisa da CNI sobre produtividade, a Coreia do Sul aparece no outro extremo com alta de 6,7% ao ano. Nos Estados Unidos o aumento foi 4,4% ao ano. No Brasil, o crescimento acumulado entre 2002 e 2012 foi 6,6%.
A baixa produtividade do trabalho colaborou para que o Brasil registrasse, na década, o mais alto custo unitário do trabalho (CUT) em dólares reais (descontada a inflação). Esse índice, que representa o custo com o trabalho para produção de um bem, aumentou 9% ao ano entre 2002 e 2012. O segundo colocado, a Austrália, registrou alta de 5,3% ao ano. Quatro dos 12 países comparados tiveram aumento do CUT. No outro extremo, aparecem Taiwan e Estados Unidos, que reduziram o CUT em 6,2% e em 5,2%, respectivamente.
Fonte: Agência Brasil
UGT - União Geral dos Trabalhadores