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Lucro da Caixa cresce em 2014 mesmo com freio no crédito


13/02/2015

A Caixa Econômica Federal manteve o lucro crescente em 2014, apesar da forte desaceleração no crédito e do fraco desempenho da economia. O banco estatal registrou lucro líquido de R$ 7,1 bilhões, resultado 5,5% maior do que em 2013.

 

O lucro da Caixa foi calcado nas operações de crédito e nos serviços prestados aos clientes, especialmente no ramo habitacional, do qual o banco estatal é líder, com 67% do mercado.

 

Em 2014, o banco ampliou o ganho com os empréstimos em 13,5% (R$ 19,205 bilhões para R$ 21,791 bilhões) e em 12,6% as receitas com tarifas (R$ 16,352 bilhões para R$ 18,404 bilhões).

 

O volume de empréstimo somou R$ 605 bilhões, superando o do Itaú (R$ 559,7 bilhões), maior banco privado.

 

A Caixa, no entanto, não passou ilesa pela desaceleração do crédito: o ritmo anual de expansão caiu de 36,8% para 22,4% de 2013 para 2014. Mesmo assim é o maior ritmo de crescimento do setor.

 

A inadimplência subiu de 2,3% para 2,56% de 2013 para 2014, refletindo o forte crescimento nos empréstimos. Entre os grandes bancos, só a Caixa e o BB tiveram aumento nos atrasos. Por esse motivo, suas provisões para calotes saltaram de R$ 9,191 bilhões para R$ 13,156 bilhões entre 2013 e 2014.

 

"Os números mostram que não houve deterioração da qualidade de crédito. Isso é um mito que muitos tentaram [chamar a atenção]", disse Jorge Hereda, presidente da Caixa, que será substituído pela ex-ministra Miriam Belchior.

 

Hereda disse que é, pessoalmente, contrário à proposta de abertura de capital da Caixa, por entender que os bancos públicos têm um papel estratégico em fomentar o desenvolvimento do país. E que nem sempre esse papel coincide com os interesses de lucratividade do mercado.

 

"Sou contra um IPO [abertura de capital] da Caixa. Tem espaço para um banco 100% do governo. O que seria do país se os bancos públicos tivessem tido o mesmo comportamento que os privados?"

 

Ele disse que discutiu o assunto com Dilma Rousseff, no momento de decidir sua saída, e entendeu da presidente que não há decisão tomada.

 

LAVA JATO

 

Hereda considerou que a Caixa tem uma posição confortável em relação aos empréstimos feitos ao setor de óleo e gás, que tem projetos afetados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

 

O banco tem entre 1,5% e 2% de seus empréstimos no setor de óleo e gás e mais 0,7% às empreiteiras. A instituição não sentiu ainda a necessidade de fazer provisões adicionais para enfrentar uma possível inadimplência no setor. "Estamos monitorando", disse Alecsandra Braga, vice-presidente de riscos.

 

Fonte:Folha de S.Paulo


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