11/02/2015
O Banco do Brasil, maior banco público brasileiro, registrou lucro líquido de R$ 11,246 bilhões em 2014, queda de 28,63% na comparação com o ano anterior, informou a instituição financeira nesta quarta-feira (11).
Vale lembrar, porém, que em 2013 o resultado do banco foi inflado pela venda de ações da BB Seguridade, no segundo trimestre daquele ano. Excluindo esse efeito, o lucro líquido ajustado –que exclui ganhos e perdas extraordinários– atingiu R$ 11,343 bilhões, alta de 9,6% em relação ao lucro líquido ajustado de 2013.
No quarto trimestre do ano passado, o banco teve lucro de R$ 2,959 bilhões, aumento de 6,4% em relação aos três meses anteriores, mas queda de 2,2% na comparação com o mesmo trimestre de 2013.
Já o lucro líquido ajustado registrou alta de 24,6% na comparação com o quarto trimestre de 2013, para R$ 3,020 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, o aumento foi de 4,7%.
O lucro do banco ficou abaixo de seus principais concorrentes, como Itaú e Bradesco.
Até semana passada, o BB era presidido por Aldemir Bendine, que agora comanda a Petrobras. No lugar de Bendine assumiu Alexandre Abreu.
Com o aumento de 9,8% nos financiamentos em 2014, para R$ 760,872 bilhões, o banco manteve a liderança no mercado de crédito nacional, com 21% de participação. Em relação ao terceiro trimestre, a carteira de crédito do banco cresceu 3,8%.
A carteira de crédito do banco ficou à frente de Bradesco (R$ 455,1 bilhões), Itaú Unibanco (R$ 559,7 bilhões) e Santander Brasil (R$ 245,514 bilhões).
O banco deu sequência a sua estratégia de conceder empréstimos de menos risco, como imobiliário, consignado, CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e financiamento de veículos. Ao todo, as linhas consideradas de menor risco somaram 75,9% da carteira de pessoa física do banco.
Além disso, o BB manteve a liderança na concessão de crédito ao agronegócio. Esse tipo de financiamento cresceu 13,9% em 2014, para R$ 164,9 bilhões. Com isso, a instituição financeira detém 63,5% de participação no segmento.
Com o crescimento da carteira de crédito, o banco viu seus ativos totalizarem R$ 1,44 trilhão, alta de 10,2% em relação a 2013 e de 0,4% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado.
O BB também viu sua margem financeira crescer 13% em relação ao quarto trimestre de 2013, para R$ 13,385 bilhões. Na comparação com o terceiro trimestre, a alta foi de 6,8%. Em 2014, a margem financeira bruta somou R$ 50,098 bilhões, alta de 8,8% em relação ao ano anterior.
A inadimplência do banco subiu de 1,98% em 2013 para 2,03% no ano passado. No entanto, em relação ao terceiro trimestre de 2014, quando o calote alcançou 2,09%, o indicador que considera operações vencidas há mais de 90 dias recuou.
De outubro a dezembro, as despesas do BB com provisões para perdas com inadimplência somaram R$ 5,2 bilhões, um avanço de 24,4% em 12 meses e de 13,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Em 2014, a provisão alcançou R$ 18,531 bilhões, aumento de 18,9% em relação ao ano anterior.
PROJEÇÕES
Para 2015, o banco projeta que o crescimento de sua margem financeira bruta fique entre 9% e 13%. A carteira de crédito ampliada do BB deve ter expansão entre 7% e 11%, com destaque para o crescimento dos financiamentos ao agronegócio, cujo aumento deve ficar entre 10% e 14%.
Fonte:Folha de S.Paulo
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