03/02/2015
UGT/SC, representada pelo Professor Moacir Pedro Rubini, participou de todas as rodadas de negociação que reajustou o Piso Salarial Estadual. Foram quatro rodadas entre representantes dos trabalhadores e patronal e na tarde do dia 30, na FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), em Florianópolis o acordo foi finalmente celebrado.
Segundo Rubini, as negociações deste ano foram as mais difíceis desde a implantação do Piso Regional no estado.
Para o Secretário Geral, Professor Carlos Magno, considerando a importância do Piso Regional para os trabalhadores do estado, nós da UGT defendemos a negociação coletiva com ampla participação do movimento sindical, observando o respeito à comissão de negociação. Devemos ter coerência com nossa missão, representamos milhões de trabalhadores e a nossa conduta fortalece o respeito do setor patronal e do governo frente às negociações.
Os índices das quatro faixas salariais variaram de 8,74% a 8,99%.
São quatro faixas: a primeira tem o valor de R$ 908,00, incluindo o reajuste de 8,74%; a segunda, de R$ 943,00 (8,76% de reajuste); a terceira, no valor de R$ 994,00 (8,99%); e a quarta faixa obteve reajuste de 8,88%, subindo de R$ 957,00 para R$ 1.042,00. O reajuste do Piso é retroativo a 1º de janeiro de 2015. A variação do INPC/inflação nos últimos 12 meses foi de 6,23%.
Veja, abaixo, as categorias incluídas em cada faixa salarial e o valor do Piso Salarial Estadual:
Primeira faixa - de R$ 835 para R$ 908 - inclui trabalhadoras e trabalhadores:
* agricultura e pecuária;
* indústrias extrativas e beneficiamento;
* empresas de pesca e aquicultura;
* empregados domésticos;
* indústrias da construção civil;
* indústrias de instrumentos musicais e brinquedos;
* estabelecimentos hípicos;
* empregados motociclistas, motoboys e do transporte em geral, exceto os motoristas.
Segunda faixa - de R$ 867 para R$ 943 - inclui trabalhadoras e trabalhadores:
* indústrias do vestuário e calçado;
* indústrias de fiação e tecelagem;
* indústrias de artefatos de couro;
* indústrias do papel, papelão e cortiça;
* empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas,
vendedores ambulantes de jornais e revistas;
* empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas;
* empregados em estabelecimentos de serviços de saúde;
* empregados em empresas de comunicações e telemarketing;
* indústrias do mobiliário.
Terceira faixa - de R$ 912 para R$ 994 - inclui trabalhadoras e trabalhadores:
* indústrias químicas e farmacêuticas;
* indústrias cinematográficas;
* indústrias da alimentação;
* empregados no comércio em geral;
* empregados de agentes autônomos do comércio.
Quarta faixa - de R$ 957 para R$ 1.042,00 - inclui trabalhadoras e trabalhadores:
* indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico;
* indústrias gráficas;
* indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana;
* indústrias de artefatos de borracha;
* empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e crédito;
* edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade;
* indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas;
* auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino);
* empregados em estabelecimento de cultura;
* empregados em processamento de dados;
* empregados motoristas do transporte em geral;
* empregados em estabelecimentos de serviços de saúde.
Companheiros!
O acordo está fechado. Cabe ao governo do estado encaminhar mensagem do acordo para a Assembleia Legislativa.
Nós da UGT continuaremos mobilizados acompanhando todos os desdobramentos junto a ALESC, pressionando os Deputados para que votem e aprovem a LEI Complementar 459/2009, alteradas pela LEI Complementar 533/20111, 566/2012, 593/2013 e 612/2013.
Fonte: DIEESE
Paulo Cesar Amante
Assessor de Comunicação UGT/SC
UGT - União Geral dos Trabalhadores