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UGT Pará participa do Dia Nacional de Lutas


30/01/2015

A União Geral dos Trabalhadores no Pará participou do ato do Dia Nacional de Lutas por emprego e direitos, em que se exigiu a revogação das medidas provisórias 664 e 665, do governo Dilma Rousseff, que cortam direitos dos trabalhadores, especialmente na Previdência e Assistência Social. Os deputados Zé Francisco, presidente da UGT Pará e Edmilson Rodrigues, do PSOL, estiveram na Escadinha do Cais do Porto, local da concentração, para a abertura das manifestações, quando trabalhadores, líderes sindicais e a população de um modo geral marchou pelas avenidas Presidente Vargas e Nazaré, denunciando o golpe de Dilma Rousseff contra os trabalhadores, no afã de cobrir os rombos deixados no erário com os escândalos de propinas da Petrobras e Mensalão, para dar sustentação ao governo e às últimas eleições majoritárias.

 

A UGT Brasil enviou seu representante para participar do ato em Belém. Veio o sindicalista Marcos Gimenez Queiroz, que é o secretário de publicidade em exercício, que representou a executiva nacional e também deverá dar suporte na organização do 3º Congresso Estadual da UGT, nos dias 20 e 21 de março deste ano.

 

Uma das denúncias que mais se viu, foi que, embora as esquerdas tenham batalhado para derrubar o governo neoliberal do PSDB de FHC, o governo petista tem repetido a dose com muito mais ênfase, pois está procurando açoitar as classes trabalhadoras com medidas impopulares, indecentes.

 

De acordo com o deputado Zé Francisco, “nós não aceitamos que o governo apenas reveja seus projetos; nós queremos que toda essa baboseira seja retirada da pauta de votações no Congresso Nacional, pois essas medidas provisórias jogam no ralo décadas de lutas em busca de conquistas que trouxeram mais qualidade de vida para os trabalhadores assalariados de nosso país”.

 

De acordo com o pacote de medidas terroristas do governo Dilma Rousseff, ficam cortados os seguintes direitos: Direito ao seguro-desemprego para quem foi demitido com menos de 18 meses de trabalho; pensão para viúvas e dependentes de trabalhador que tenha menos 2 anos de contribuição; pensão para o companheiro ou companheira que esteja há menos de 2 anos com o trabalhador que acaba de morrer; diminuição do valor da pensão para a viúva, que receberá apenas 50% do que recebia o marido aposentado; pensão vitalícia para companheiro ou companheira com mais de 35 anos de expectativa de vida; só terá direito ao abono salarial (PIS) aquele trabalhador que exerceu função com carteira assinada por pelo menos 6 meses; o trabalhador só terá direito a auxílio-doença depois de 30 dias afastado das funções. Até lá, é a empresa quem vai garantir o salário do funcionário; está cortado o seguro-defeso para o pescador que tem acúmulo de benefícios assistenciais e previdenciários; e o pescador tem de estar cadastrado na profissão há pelo menos 3 anos para ter seu direito adquirido.

 

No trio elétrico que deu suporte técnico ao ato estavam representantes de todas as centrais sindicais, que tiveram o direito de expor com clareza para a sociedade a situação em que o país está e para onde caminhamos no caso de que os deputados e senadores venham a aprovar essas medidas consideradas como infames. O caldo engrossou mais ainda em frente ao Banco da Amazônia, na Presidente Vargas; em frente ao edifício sede da Previdência e Assistência Social, na Avenida Nazaré e, ainda nessa via, em frente ao Centro Integrado de Governo – CIG, onde a manifestação foi encerrada.

 

Zé Francisco disse que a UGT levou às ruas representantes de mais de cem sindicatos filiados e que este é apenas o primeiro de uma série de atos que serão organizados para que o governo não consiga aprovar medidas que vão colocar os trabalhadores em situação pior do que já está com o desemprego aumentando, aliado à falta de investimentos em programas de qualificação e requalificação profissional.

 

O sindicalista Benedito Oliveira, o Bené da UGT, destacou que o governo deve investir em saúde e educação, além de baixar os juros. Por sua vez, Zé Francisco denunciou que apenas as classes trabalhadoras é que são taxadas e sobretaxadas. Denunciou que os ricos, os milionários, donos de lanchas e aviões, não pagam o famigerado IPVA que é pago por quem batalha para comprar um carro dito popular. “Quem tem um Fusca paga imposto; quem tem lancha e avião não paga nada para o governo”. Esses que não pagam impostos absurdos são considerados os 200 mais ricos do Brasil..

 

Por fim, Zé Francisco lembrou que o governo mente para a nação quando o IBGE aponta uma inflação de apenas 6,23%. “O governo mente! Nossa inflação já passa dos 20% seguramente”, disse o deputado sindicalista, que também criticou o fato de a presidenta ter nomeado um banqueiro para dirigir a economia brasileira, para privilegiar os donos de bancos que elegeram uma bancada federal de mais de 200 integrantes.

 

“Foi um ato importante, pacífico, dentro da ordem”, disse Bené da UGT, acrescentando que o governo foi eleito pelo povo, mas o mesmo povo tem o direito de tirá-lo se começar a remar contra a população, a exemplo do que Dilma Rousseff vem fazendo.


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