29/01/2015
“Os trabalhadores não podem, mais uma vez, pagar a conta pelas insanidades de um governo que vem traindo a classe trabalhadora”. Esse foi o tom do discurso do presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi, durante a manifestação coordenada pela UGT e mais cinco centrais sindicais em Curitiba (PR), na manhã de quarta-feira, (28/01). O ‘ Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos dos Trabalhadores’ teve manifestações em todas as capitais e principais cidades brasileiras. Em Curitiba os trabalhadores reuniram-se pela manhã na Praça Santos Andrade e encerram o ato com um abraço simbólico no prédio da Previdência Social.
Dirigentes sindicais de diversas categorias reforçaram a disposição em manter uma vigilância permanente quanto às medidas provisórias 664 e 665, anunciadas recentemente pelo governo federal e que restringem e retiram direitos trabalhistas. O presidente da Sintracoosul-Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas da Região Sul do Paraná (filiado à UGT), Joel Martins Ribeiro, lembrou que ao longo dos anos a classe trabalhadora vem sofrendo com as constantes mudanças na política econômica brasileira.
“Enquanto empresários sangram os cofres públicos, o governo nem ao menos acena para a reforma tributária com o devido reajuste das alíquotas do imposto de renda. Isso faz com que milhões de trabalhadores passem a pagar o imposto, reduzindo ainda mais o poder de consumo da classe trabalhadora”. Por sua vez o presidente do Siemaco-Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba, Manassés Oliveira, chamou a atenção para que seja mantida uma vigília constante no Congresso Nacional: “temos de cobrar desses parlamentares o compromisso com os trabalhadores, não aprovando as medidas provisórias que atingem diretamente o bolso dos trabalhadores e aposentados, como o seguro-doença, abono salarial e o seguro-desemprego. Os trabalhadores não podem ser penalizados pela incompetência desse governo”, concluiu Manassés.
Para tratar do rumo que as medidas 664 e 665 terão no Congresso, está agendada para terça-feira, em Brasília uma nova reunião da presidente Dilma com dirigentes da UGT e das outras centrais. O governo acena com mudanças no conjunto das medidas anunciadas. Essas alterações no texto original deverão ser apresentadas pelos deputados federais e senadores. “Mas, nós trabalhadores, não podemos mais confiar na palavra de um governo que traiu nossa confiança. Nossa resposta a essas medidas anti trabalhistas está aqui, nas ruas e poderá ser ainda maior com paralisações e greves nos diversos setores da economia”, disse o presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi.
UGT - União Geral dos Trabalhadores