29/01/2015
Em um cenário de menor procura por trabalho, típico no último mês do ano, a taxa de desemprego caiu em dezembro nas seis maiores metrópoles do país para 4,3%. O índice havia sido de 4,8% em novembro.
Em razão das festas de final de ano menos pessoas buscam uma ocupação, principalmente na última semana do mês. As contratações temporárias, em geral, ocorrem em outubro ou novembro.
O resultado está em abaixo das projeções de economistas ouvidos pela agência Bloomberg, cuja mediana (ponto central entre todas as estimativas, descartando as maiores e as menores) apontava para uma taxa de 4,7% em dezembro.
Com o dado do mês, a taxa média de desemprego de 2014 ficou em 4,8%, abaixo dos 5,4% de 2013. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (29).
O resultado de dezembro é igual à menor marca da série histórica do IBGE, que ocorreu no mesmo mês de 2013. A taxa anual também foi a mais baixa da série, iniciada em 2002.
INATIVIDADE
Em dezembro, o número de pessoas ocupadas caiu 0,7% frente a novembro e 0,5% na comparação com o mesmo mês de 2013, somando 23,2 milhões nas seis regiões pesquisadas. Já o total de desempregados ficou em 1,05 milhão, com queda de 11,8% em relação a novembro e com redução de 0,9% ante dezembro do ano anterior.
Já o rendimento no último mês do ano caiu 1,8% frente a novembro. Na comparação com dezembro de 2013, houve expansão de 1,6%. Na média anual, a renda do brasileiro cresceu 2,7% ante 2013, e foi de R$ 2.049,35.
Ao longo de 2014, a taxa de desemprego se manteve nas menores marcas da série histórica do IBGE em razão da procura reduzida por trabalho, em um cenário de desaquecimento da economia, o que desestimula a busca por uma vaga.
Um dado ilustra essa menor procura por emprego: o número de inativos (pessoas que estão fora do mercado de trabalho, desocupados que não buscam uma vaga, idosos ou crianças e adolescentes) cresceu 3,7% de 2013 para 2014. Foi o mais acelerado ritmo de crescimento da série histórica da pesquisa do IBGE. Em 2013, a expansão havia sido de 1,6% frente a 2012.
A maior inatividade no ano passado corresponde à saída de 686 mil pessoas do mercado de trabalho. Esse contingente somou 19,1 milhões de pessoas em 2014.
O crescimento da renda familiar nos últimos anos serviu como um "lastro" para que jovens e mulheres aguardassem oportunidades melhores e se dedicassem a outras atividades, como o estudo ou o cuidados da casa e dos filhos.
Fonte:Folha de S.Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores