29/01/2015
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciou ontem (28) que deve encaminhar, o mais rápido possível, à Câmara de Vereadores projeto de lei para punir consumidores pelo uso abusivo de água, como lavar calçadas. Ele deu a informação logo após reunião com o secretário de Recursos Hídricos do estado, Benedito Braga, e mais 29 prefeitos da região metropolitana de São Paulo.
No entanto, mais importante do que essa punição, a ser adotada também nas cidades vizinhas da capital, disse o prefeito, é criar um conjunto de medidas para enfrentar a crise hídrica. Haddad acrescentou que, por isso, os prefeitos apresentaram sugestões ao governo do estado visando à criação de um comitê de acompanhamento da crise hídrica e de um canal de comunicação com a população.
Ele informou que o secretário se comprometeu a dar uma resposta em dez dias. A ideia, conforme o prefeito, é estudar os vários cenários possíveis de falta d'água e, diante disso, tomar providências para evitar um colapso no abastecimento. Há uma preocupação sobre como seria o tratamento especial em relação a órgãos públicos que envolvem a saúde, no caso, hospitais e postos de atendimento; segurança (penitenciárias, por exemplo) e educação (escolas e creches).
Haddad disse que o secretário se comprometeu a dar uma resposta em dez dias. Segundo ele, os prefeitos não esperavam pelo anúncio de ontem (27), quando o governo do estado acenou para a possibilidade de aplicar o rodízio de cinco dias sem fornecimento de água. “A possibilidade desse rodízio é uma medida muito dura”, avaliou o prefeito.
O secretário Benedito Braga destacou, porém, que, embora a situação seja difícil em razão da baixa quantidade de chuva que tem caído sobre os reservatórios, não é motivo para que a população entre em desespero, porque nenhuma medida drástica sobre o rodízio será tomada sem antes um estudo mais detalhado e com transparência das ações a serem seguidas. Uma medida como essa, segundo ele, “não se toma da noite para o dia; é preciso um trabalho para verificar locais como hospitais e penitenciárias, que não podem ficar sem água”.
Fonte:Agência Brasil
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