27/01/2015
Na manhã desta segunda-feira (26), representantes das seis maiores centrais sindicais do Brasil estiveram reunidos na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), na Bela Vista, em São Paulo, numa coletiva de imprensa para expor o ponto de vista das entidades, em relação às medidas provisórias anunciadas pelo governo, que prejudicam a classe trabalhada e sobre a realização de um grande ato nacional exigindo a revogação dessas propostas que retiram direitos trabalhistas.
Intitulada como “O dia nacional de luta: em defesa dos direitos e emprego dos trabalhadores”, a manifestação que acontecerá em diversas capitais brasileiras busca levar para as ruas milhares de trabalhadores e trabalhadoras que serão brutalmente penalizados. “Estamos nos sentindo traídos, pois no começo de dezembro, a presidente Dilma chamou todas as centrais para falar que não mexeria nos direitos dos trabalhadores, contudo 20 dias depois sua equipe anunciou as mudanças”, explica Francisco Pereira (Chiquinho), secretario nacional de Organização e Políticas Sindicais da UGT.
“Nossa mobilização de certa forma é por conta de um certo descontentamento, que nós todos das centrais sindicais, estamos tendo em relação ao governo Dilma, principalmente agora com a forma que foram anunciadas as medidas provisórias, em que não foi avisado eu discutido com as centrais, pois somos contrários a esse tipo proposta, em que somente a população é penalizada”, diz Chiquinho.
O descontentamento das centrais se dá por conta do anúncio feito pelo governo, nos últimos dias de 2014, de medidas provisórias (664 e 665/2014), que tornarão mais rigoroso o acesso da população a uma série de benefícios previdenciários, entre eles seguro-desemprego, pensão por morte, auxílio-doença e Seguro-defeso, que visa manter a renda dos pescadores nos períodos de paralisação das atividades de pesca seja por períodos de reprodução de espécie ou por políticas estratégicas ambientais.
Nesta próxima quarta-feira (28), a UGT, CUT, CSB, CTB, Força Sindical e Nova Central, levarão milhares de trabalhadores e trabalhadoras para as ruas brasileiras. A manifestação acontece para exigir a revogação das medidas provisórias que prejudicam, principalmente, os jovens que estão se inserindo no mercado de trabalho.
UGT - União Geral dos Trabalhadores