23/01/2015
Inaugurada há sete meses, a Arena Pantanal, em Cuiabá, foi interditada pelo governo de Mato Grosso para obras de manutenção.
Erguido totalmente com recursos públicos e com capacidade para 43 mil pessoas, o estádio custou R$ 596 milhões. Recebeu quatro partidas da Copa, todas na primeira fase da competição.
A Arena Pantanal apresenta problemas na rede elétrica, além de infiltrações e alagamentos. Alguns elevadores e aparelhos de ar-condicionado não funcionam. Parte do forro corre risco de desabar devido à umidade.
As chuvas, aliás, não só agravaram os problemas das infiltrações no teto, mas também prejudicaram o gramado, com alagamentos.
Foram identificados 12 pontos críticos no interior do estádio. Nesses locais, como na subestação de energia, serão necessárias intervenções, como um sistema de drenagem, para conter inundações.
Segundo o governo estadual, o estádio não possui condições de receber eventos.
O secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos, Gustavo Oliveira, afirmou que, "do jeito que está, a Arena Pantanal oferece riscos aos usuários".
As empresas que forneceram o material de construção ao estádio farão as correções necessárias, apontadas pelos engenheiros do governo e por representantes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso.
Oliveira não descartou a possibilidade de o próprio governo arcar com alguns dos reparos, caso fique constatada falha de manutenção.
De acordo com ele, só após reunião no próximo sábado (24), com representantes dos fornecedores, haverá clareza sobre o custo das obras.
A expectativa do governo é que os reparos sejam concluídos até o início do mês que vem, para que o estádio receba o jogo inaugural do Campeonato Mato-Grossense de futebol.
CHOQUE FATAL
Em novembro do ano passado, uma égua da da Polícia Militar morreu na Arena após ser eletrocutada. O animal estava na área externa, quando um fio desencapado provocou o choque.
Desde então, nenhum jogo foi realizado no local.
Oliveira disse que o problema já foi resolvido e que não há mais risco de ocorrer casos desse tipo.
Mesmo não tendo sido completamente finalizado pela empreiteira Mendes Júnior, o estádio recebeu só 12 jogos oficiais, além de shows, após a Copa.
O secretário atribuiu à administração anterior, que tinha Silval Barbosa (PMDB) como governador, a responsabilidade pelos problemas identificados no estádio, alegando falta de manutenção.
Procurado pela reportagem, o ex-chefe da extinta Secretaria Extraordinária da Copa, Maurício Guimarães, não foi localizado.
Fonte:Folha de S.Paulo
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