31/12/2014
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) expressa seu receio de que o impacto das medidas anunciadas pelo governo traga grandes prejuízos aos trabalhadores, com o intuito de frear as despesas com benefícios trabalhistas, justamente quando é esperada a alta do desemprego, em razão da debilidade econômica do País.
O início do ano é o pior momento para a adoção dessas medidas. Nesse período em que é maior a vulnerabilidade do trabalhador do comércio e dos serviços, atividades que ainda estavam dinâmicas e gerando empregos, as consequências podem ser danosas.
O aumento do tempo de contribuição para obter o seguro-desemprego e a limitação do auxílio a pescadores, cujos a maioria dos sindicatos integram a central, certamente trará enormes prejuízos aos trabalhadores. A preocupação cresce na medida em que o corte do benefício é anunciado em quadro de inflação alta, desemprego ameaçador e quando o trabalhador mais precisa.
Durante a campanha eleitoral a presidenta Dilma Rousseff afirmara que, caso reeleita, não faria mudanças na legislação em prejuízo aos trabalhadores " nem que a vaca tussa". Com a Medida Provisória anunciada ao apagar das luzes de 2014, parece que a vaca tossiu. Cabe, agora, aos trabalhadores, buscarem o xarope adequado para curar a tosse da vaca. E o mais adequado, nesse momento, será fazer pressão no Congresso para colocar em votação e derrubar o veto presidencial pelo Fim do fator Previdenciário. É em torno dessa e de outras medidas que os trabalhadores estarão unidos em defesa dos seus direitos.
União Geral dos Trabalhadores
UGT - União Geral dos Trabalhadores