17/12/2014
Em 2013, os brasileiros que fazem parte dos 10% mais ricos da população receberam 42% da renda total do País, segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais divulgada na manhã desta quarta-feira (17) pelo IBGE.
Apesar de apontar grande desigualdade, o percentual mostra queda em relação a 2004, quando essa faixa da população ganhava 45,8% da renda total do País. Na outra ponta, os 10% mais pobres eram responsáveis por apenas 1,2% da renda total em 2013. O percentual é 0,2% superior ao de 2004.
Entre as famílias mais pobres, com rendimento de até 1/4 de salário mínimo por pessoa, as transferências de programas sociais representavam 37,5% de seu rendimento mensal em 2013. No Nordeste, essa proporção chega a 43,8%.
A renda do trabalho também cresceu no período. O rendimento médio mensal por trabalho da população com 15 anos ou mais cresceu 42,1% entre 2004 e 2013.
A pesquisa mostra ainda que um em cada quatro imóveis alugados nas cidades brasileiras (25,7%) representa o gasto de 30% ou mais do orçamento dos locatários. A despesa excessiva com aluguel atinge 5,2% das casas urbanas brasileiras.
No período entre 2004 e 2013, houve aumento no número de imóveis alugados e redução nos domicílios cedidos. Entre os imóveis urbanos, 20,3% eram alugados em 2013, frente a 17,8% em 2004. E o percentual de imóveis cedidos caiu de 8,6% para 6%.
Ainda de acordo com a pesquisa do IBGE, entre as famílias que fazem parte dos 20% mais pobres mais da metade não tem tratamento de esgoto adequado (65,2%). Na população como um todo, o índice é de 39,6%.
Enquanto o abastecimento de água é recebido por 83,6% da população, entre os mais pobres 3 em cada 10 famílias não têm abastecimento de água adequado e 6 em cada 10 não têm filtro d'água.
Fonte: Ig
UGT - União Geral dos Trabalhadores